Circuito Inclusão: Primeiro time mineiro de futebol sobre cadeira de rodas motorizada convoca atletas

power soccer
Atualmente, a equipe de power soccer conta com apenas dois jogadores, o que impede a inscrição em campeonatos nacionais (Circuito Inclusão/Divulgação)

O Circuito Inclusão, iniciativa que visa levar esporte e lazer a pessoas com deficiência da Grande BH, está convocando atletas para o time de power soccer – modalidade praticadas sobre cadeiras de rodas motorizadas. Este é o primeiro time da modalidade em Minas Gerais mas, atualmente, a equipe conta com apenas dois jogadores, o que impede a inscrição em campeonatos nacionais.

“Estamos com muita dificuldade de conseguir atletas. Queremos levar nosso time pro campeonato nacional que acontece dia 14 e 15 de outubro no Rio de Janeiro, mas pra isso precisamos, no mínimo, de cinco atletas”, conta, ao BHAZ, a presidente do Circuito Inclusão, Débora Batista.

O power soccer é o primeiro esporte de equipe competitivo pensado exclusivamente para ser disputado por pessoas com deficiências severas, como a tetraplegia, amiotrofia espinhal, distrofia muscular, paralisia muscular. Ele é formado por times mistos, ou seja, meninas e meninos podem jogar juntos, além de ser uma modalidade 100% segura.

“Trata-se de uma atividade inclusiva e terapêutica, afinal, desenvolve qualidades desportivas e, ainda, estimula diversas ações, como a condução da cadeira, espírito de equipe e novas amizades”, acrescenta Débora.

Como se inscrever?

Para participar do time, basta entrar em contato com o Circuito Inclusão pelo Instagram ou, ainda, pelo WhatsApp (31) 9 8568-1797. Os treinos acontecem aos sábados, às 10h, no Parque das Amendoeiras, em Contagem, na Grande BH.

“A princípio as pessoas vão ter que jogar nas suas próprias cadeiras de rodas. É que ainda estamos procurando patrocínios para comprar as cadeiras, que custam em média 50 mil cada uma”, explica a presidente do projeto.

Outras modalidades

O Circuito Inclusão é uma instituição que faz parte da rede nacional de ongs Gerando Falcões. Segundo Débora, a iniciativa busca ampliar o acesso da pessoa com deficiência ao lazer, esporte, cultura, qualificação profissional e desenvolvimento socio-emocional.

Atualmente, o circuito atente 217 pessoas na sede que fica localizada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Além do power soccer, a ong oferece diversas outras atividades às pessoas assistidas.

“Temos aulas de skate adaptado, somos representantes da América do Sul nessa modalidade. Também temos peteca, atletismo, oficinas, teatro, capoeira e agora os cursos de qualificação. Estamos formando 14 jovens, sendo oito com deficiência, para o mercado de trabalho”, diz a presidente, orgulhosa.

Crianças e jovens atendidas pelo projeto participam de várias oficinas (Circuito Inclusão/Divulgação)
Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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