O estudante belo-horizontino Mateus Eleotério, de 21 anos, se transformou em um dos assuntos mais comentados nas redes sociais por internautas mineiros após protagonizar uma discussão no Twitter. Por meio da rede social, ele manifestou descontentamento com a gerência do Mineirão por ser proibido de entrar no estádio com um desodorante, na noite dessa quarta-feira (22). O jovem precisou jogar o produto de higiene fora para ter acesso ao local e ficou revoltado.
As reclamações do torcedor cruzeirense, e um pedido para que tivesse o anti-transpirante devolvido, renderam a ele um convite para ir novamente ao estádio. Com a promessa de que teria o desodorante de volta, Mateus foi até o Mineirão na manhã desta sexta-feira (24). E, além de conhecer um pouco mais sobre o Estatuto do Torcedor, que define quais são os itens que podem ser levados para jogos ou não, ele também ganhou uma caixa cheia do produto.
Ao Bhaz, o universitário contou como foi a reunião. “Fui muito bem recebido pelo pessoal do Mineirão para resolver o problema. Eles me explicaram o que pode e o que não pode ser levado para o estádio”, disse. “No caso, eu poderia entrar com o desodorante na partida já que ele não era inflamável, mas o segurança não tinha como saber disso no momento da abordagem”, disse.
Durante o encontro com representantes do Mineirão, Mateus pisou pela primeira vez na grama do estádio. E para ele, cruzeirense assíduo nas partidas realizadas no local, foi uma das melhores experiências. “Foi uma realização pisar no gramado do Mineirão. Eu sonhei com isso por um bom tempo”, comemora. Sem perder o bom-humor, o cruzeirense não deixa de provocar. “Tenho desodorante até o Atlético ganhar o bicampeonato”, disse aos risos.
Sobre as críticas que recebeu por levar o caso a público e por usar desodorante destinado às mulheres ele explica: “Eu uso feminino porque tenho alergia a álcool e os masculinos possuem concentração maior. Eu não me importei com o pessoal questionando a minha sexualidade. Um desodorante não coloca a minha masculinidade em xeque”, pondera. “Estamos em 2017 e as pessoas precisaram parar com esses pensamentos preconceituosos”, finaliza.