Tropa de elite israelense aprendeu técnicas e ficou impressionada com o Corpo de Bombeiros de Minas

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais/Divulgação

No dia do retorno da tropa israelense que auxiliou na busca pelas vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, antecipado para esta quinta-feira (31), o Corpo de Bombeiros de Minas voltou a reforçar a importância da integração entre as corporações. Os militares mineiros, inclusive, ensinaram “muitas técnicas” aos israelenses e foram alvo de elogios.

“As equipes de Israel ficaram altamente impressionadas com o trabalho do Corpo de Bombeiros de Minas. Inclusive, muitas técnicas até então desconhecidas por essa tropa de elite foram ensinadas pelos bombeiros mineiros. Um exemplo é a técnica de desmanche hidráulico, muito importante nesse tipo de atuação”, afirmou o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, tenente Pedro Aihara.

O militar ainda ressaltou que os bombeiros mineiros aprenderam com os israelenses, que participaram da localização de 35 corpos. “Israel também nos ensinou muita coisa, especialmente em relação ao manuseio de alguns equipamentos tecnológicos, como a questão do georreferenciamento por drone, e alguns outros recursos, por utilização de sonares e radares. Tanto os homens quanto a tecnologia de Israel foram muito importantes na localização desse número de corpos”.

Uma das principais preocupações da corporação foi afastar boatos de que a antecipação da volta dos israelenses ocorreu por um desentendimento entre as tropas brasileira e daquele país. A ajuda do Oriente Médio se tornou alvo de polêmica após o comandante das operações de resgate, tenente-coronel Eduardo Ângelo, afirmar que “dos equipamentos que eles [israelenses] trouxeram, nenhum se aplica a esse tipo de desastre”.

“Só para se ter uma noção, um costume das equipes quando encontramos um corpo, em respeito às vítimas, realizamos uma oração. como estávamos em equipes conjuntas, existe a diferença de religião, em vez de fazermos uma operação, decidimos fazer um minuto de silêncio. Isso mostra o nível de integração”, disse Aihara, que justificou a antecipação do retorno dos israelenses por “uma questão logística relacionada às aeronaves”.

O Governo de Minas também publicou nota para “enfatizar a gratidão eterna do povo de Minas e do Brasil a Israel”. “O governador Romeu Zema agradeceu a tropa israelense e a colaboração do presidente Jair Bolsonaro, do trabalho de excelência do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Defesa Civil. Todos estes órgãos que trabalham de forma conjunta em Brumadinho e que têm contribuído tanto para essa missão de resgate”, diz trecho do posicionamento (leia na íntegra abaixo).

O administrador estadual se despediu dos 136 soldados israelenses em cerimônia realizada no 12º batalhão de Infantaria (BI), no Barro Preto, região Centro-Sul de BH.

Nota do Governo de Minas na íntegra:

Trabalho conjunto no resgate – militares israelenses se despedem do Brasil

Na manhã desta quinta (31), o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, acompanhado dos comandos das forças de segurança do Estado, Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Defesa Civil se despediram dos 136 soldados israelenses em cerimônia realizada no 12º batalhão de Infantaria (BI), no Barro Preto, em Belo Horizonte. Os militares vieram ao Brasil para auxiliar no resgate de vítimas do rompimento da barragem B1, em Brumadinho, na última sexta (25).

Enfatizando a gratidão eterna do Povo de Minas e do Brasil à Israel, o Governador Romeu Zema agradeceu a tropa israelense e a colaboração do Presidente Jair Bolsonaro, do trabalho de excelência do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Defesa Civil. Todos estes órgãos que trabalham de forma conjunta em Brumadinho e que têm contribuído tanto para essa missão de resgate.

O Coronel Golan Vach do Exército de Israel comentou que “encontramos pessoas muito especiais, como os Bombeiros, a Polícia e o Exército brasileiro, um grupo de profissionais dedicados, que trabalharam conjuntamente para salvar vidas”. Já o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, comentou que “a troca de tecnologia e conhecimento é para melhorar a vida do povo””.

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