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Já é Natal? A mais de três meses da data, lojas comercializam decoração em BH

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Produtos natalinos já são encontrados nas lojas da Capital (Foto: Isabella Guasti / BHAZ)
Produtos natalinos já são encontrados nas lojas da Capital (Foto: Isabella Guasti / BHAZ)

Tradicional data do ano, responsável por aumentar o faturamento das empresas, o Natal parece ter chegado (bem) mais cedo para muitos comerciantes de Belo Horizonte. Indo às ruas da capital mineira, e até mesmo na região metropolitana, já é possível se deparar com produtos, principalmente de decoração, sendo comercializados.

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Na Favani Outlet, especializada em artigos para casa, já estão presentes, nos corredores da loja, árvores, papais-noéis, adornos, potes e tecidos estampados que fazem alusão à data. Guilherme de Souza Pires, gerente de uma das filiais, conta que em todas as unidades já há itens natalinos sendo vendidos, mesmo em setembro. “A gente começa um período antes da época natalina, justamente para as pessoas terem um conforto de espaçamento, para poder comprar os produtos, poder escolher melhor”, revela.

A estratégia, segundo o gerente, ajuda nas vendas. “Os clientes ficam assustados porque é bem antes da data, mas a gente tem bastante procura. Tem muitos clientes que também gostam de vir com o tempo para poder escolher. Então a gente tem bastante cliente que vem e elogia também”.

A Loja Hong Kong, no centro de BH, é outro estabelecimento que já vende produtos natalinos a quase quatro meses do Natal. A reportagem do BHAZ também notou a presença dos produtos no Sam’s Club, loja do clube de compras do Grupo Carrefour Brasil. Na unidade de Contagem, os ornamentos disponíveis aos clientes incluem bolinhas para decoração das árvores e papai-noel de tecido.

Guilherme revela que colocar os produtos na prateleira, bem antes de outros concorrentes, é uma forma de distribuir o estoque. “Como é data festiva, com prazo de término e temos uma diversidade de produtos, inclusive, do Natal passado, isso ajuda a ter um giro dos produtos”, conta

Apesar do susto de alguns clientes e a impressão de que o ano está “voando”, Vanessa Cardozo Brandão, professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG, que pesquisa estratégias de diálogo entre marcas e clientes, explica que tudo está dentro do planejado. “É comum. Setembro não é [um mês] tão antecipado para as lojas de decoração. As lojas de decoração trabalham com itens maiores, precisam encomendar, receber com certa antecedência os produtos que serão revendidos”.

Gusttavo Henrique, gerente da loja Estrada Real, que também já exibe nas vitrines produtos de decoração natalinos em suas quatro unidades, aborda justamente essa necessidade de planejamento. “Quando chega outubro, novembro, o pessoal começa a querer comprar, a procurar de verdade, então, a loja fica muito cheia. E se a gente começar a receber os produtos nessa hora, não ia dar certo, que seria cliente querendo comprar e a gente querendo organizar a loja”, explica.

De acordo com Vanessa, a nobreza da data também faz com que o adiantamento seja ainda maior.  “O calendário promocional é movido por datas e algumas datas são nobres, sendo a principal delas o Natal. Então, é natural que haja uma antecipação maior”, diz. 

Isabella Guasti

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.
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