Familiares, amigos e colegas de trabalho se despediram das vítimas que morreram na queda do helicóptero Arcanjo 04 em Ouro Preto, Minas Gerais. Durante o velório coletivo, que ocorreu neste domingo (13) no colégio Santa Marcelina, região da Pampulha, em Belo Horizonte, o Corpo de Bombeiros prestou homenagens com salva de tiros.
Em imagens compartilhadas pela corporação, os militares aparecem usando rifles históricos para a cerimônia. As salvas de tiro são tradição em eventos militares e representam um tributo ao serviço das vítimas, que estavam a caminho de um resgate quando a aeronave em que estavam caiu.
“Hoje é um dia de muito luto pela perda dos quatro militares e também dos nossos colegas do Samu. Eu lembro que eles tombaram cumprindo um juramento. Os militares quando são empossados fazem um juramento de atuar mesmo com o sacrifício da própria vida, e eles levaram esse juramento até o final, o que nos deixa consternados, mas com a responsabilidade de honrá-los todos os dias para que não sejam esquecidos”, comentou o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Na tragédia morreram o capitão Wilker Tadeu Alves da Silva, o 1º Tenente Victor Stehling Schirmer, o 2º Sargento Welerson Gonçalves Filgueiros, o 3º Sargento Gabriel Ferreira Lima e Silva, o médico Marcos Rodrigo Marques Trindade e o enfermeiro Bruno Sudário França.
Bombeiros homenageiam vítimas de queda de helicóptero
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— BHAZ (@portal_bhaz) October 13, 2024
Autoridades presentes
O governador Romeu Zema e o vice-governador Professor Mateus confirmaram participação no ato de despedida das vítimas. Zema esteve presente mais cedo, mas já deixou o local, sem falar com a imprensa. No sábado (12), o governo do estado decretou luto oficial de três dias pelo falecimento dos seis ocupantes da aeronave que caiu quando fazia o resgate da vítima de um avião monomotor, prefixo PS-SLR, no distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto.
O vice-governador esteve no local por volta das 13h30, e lamentou a tragédia: “É um momento de tristeza profunda para o povo de minas gerais. Não temos nenhuma outra instituição que seja tão querida e tão reconhecida por cada um dos mineiros como aqueles que vem ao nosso socorro no momento de desespero. É muito triste a gente ter de sepultar hoje seis heróis desses. É uma tragédia muito dura”.
Nilmário Miranda, secretário do Ministério dos Direitos Humanos, esteve presente representando a ministra Macaé Evaristo e o presidente Lula. “Nesse momento, não tem palavras. Só o reconhecimento, morrer em serviço, prestando o trabalho que sempre prestou, o SAMU, os bombeiros, arriscam a vida diariamente… Tem que ter reconhecimento, conforto às famílias, demonstração do mais profundo respeito e carinho”, disse.
O secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco, classificou o episódio como uma tragédia. “Nós temos recebido mensagens de solidariedade do país inteiro. São todos profissionais de excelência, com expertise fantástica naquilo que eles estavam acostumados a fazer. Então, não tem outra palavra que defina isso do que uma ‘tragédia’”, disse.