A Comissão de Narcóticos da ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu nesta quarta-feira (2) retirar a cannabis da lista de entorpecentes mais perigosos. Além disso, a organização reconheceu as as propriedades medicinais da planta da qual a maconha é derivada.
Foram 27 países que votaram a favor e 25 contra, sendo um deles o Brasil. A votação ocorreu em Viena, Áustria, onde fica a central da ONU para política relacionada às drogas. Até então, a maconha estava classificada nas listas 1 e 4, sendo esta última reservada às drogas mais perigosas e sob controle estrito, como a heroína, e outras que contém pouco ou nenhum valor medicinal.
Anteriormente, os estudos sobre a planta só era permitido de forma limitada, por conta da sua inclusão na Lista 4. Essa lista funcionava como um impedimento devido às restrições e os problemas jurídicos gerados pelos diferentes critérios aplicados em cada país.
Uso recreativo proibido
O consumo da cannabis para fins recreativos segue proibido nas regulamentações internacionais. Como a planta continua na listagem 1 da ONU, junto com outras substâncias como a morfina, não há um parecer a favor da liberação do consumo.
Essa mudança na classificação pode facilitar as pesquisas feitas com a erva, que têm apresentado bons resultados no tratamento de doenças degenerativas e neurológicas, como Parkinson, esclerose, epilepsia, dores crônicas e até câncer.