Advogada morta a facadas dentro de casa teria sido vítima de irmão

Advogada Izadora Santos Mourão
A mãe da vítima teria ajudado a fabricar uma história para atrapalhar a investigação do crime (Reprodução/Izadora Mourão/Facebook)

O irmão da advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, encontrada morta no sábado (13), foi preso pelo assassinato dela nessa segunda-feira (15). De acordo com a Polícia Civil do Piauí, ela foi morta com sete golpes de faca, e a mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no crime, cometido no município de Pedro II, interior do estado piauiense. As informações são do G1.

A advogada teria sido morta no quarto do irmão, o jornalista João Paulo Mourão, principal suspeito do crime e com quem ela teria desavenças. De acordo com investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito não fala nada quando é questionado pelos policiais.

Além do corpo de Izadora, as autoridades encontraram roupas sujas de sangue e uma faca usada no crime, no quarto do irmão. A princípio, os policiais investigavam a possibilidade de que uma vendedora de roupas teria entrado na casa onde a vítima morava com a mãe e o irmão e desferido os golpes de faca. A história, no entanto, teria sido inventada para atrapalhar a investigação do assassinato.

História fabricada

De acordo com o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, a Polícia Civil acredita que João Paulo teria matado a irmã e, em seguida, ido dormir no quarto da mãe. Ela teria encontrado a filha ferida e ligado para a empregada doméstica que trabalha na casa, pedindo que ela dissesse que uma mulher havia entrado na casa, e que o filho estava dormindo.

“A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, em vez de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ligou para a faxineira combinando que ela dissesse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa”, contou o delegado ao G1.

Ainda de acordo com ele, o crime foi premeditado. “Eles possuíam umas desavenças. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ainda se locomove e deixa claro que o assassino estava próximo dela e dentro de casa”, completou.

Edição: Thiago Ricci
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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