Um novo teste sorológico desenvolvido pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), capaz de identificar anticorpos contra a Covid-19, recebeu a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta semana. Finalizado em apenas cinco meses, o “kit IgG” agora já pode ser produzido em escala comercial e distribuído para o SUS (Sistema Único de Saúde).
“Trata-se de um teste de elevado grau de sensibilidade e especificidade, que avalia o status imunológico da pessoa. Isso significa que, se a pessoa teve Covid-19, dengue ou gripe, por exemplo, o teste não se confunde”, explica Flávio Guimarães da Fonseca, professor e pesquisador do CTVacinas.
O estudioso explica, ainda, que o teste é eficaz até mesmo para identificar as novas variantes do coronavírus: “Em vez de usar a proteína S [Spike], que fica na superfície do vírus e muda mais, ele usa a proteína N [nucleocapsídeo], que muda menos”.
O teste já está licenciado para ser fabricado na Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunizantes da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Ele também ficará a disposição de indústrias privadas interessadas em financiá-lo.
Com UFMG