A artista e ativista indígena Katú Mirim utilizou as redes sociais para criticar a utilização de fantasias de índio durante o Carnaval. Em sua página no Facebook, ela afirmou que fantasiar de indígenas é uma forma de preconceito.
Desta forma, seria uma apropriação cultural e que não pode ser considerada uma forma de homenagem aos nativos. “Se você apóia nossa causa e o nosso movimento não se fantasie”, disse na publicação que já teve mais 241 mil visualizações.
Em seu canal no YouTube, Katú disponibilizou um vídeo onde fala sobre como os povos indígenas sentem ao ver as pessoas fantasiadas neste período do ano. “Você acha que nós nos sentimos homenageados com as fantasias? É muito fácil falar que é indígena quando lhe convém e colocar um cocar para chamar atenção. Carnaval não é momento de usar cocar”, desabafou.
Baseando no significado de fantasia ela afirmou. “Fantasia é algo que não existe. Pessoas e culturas existem e precisam ser respeitadas”, disse Katú. Na publicação ela ainda critica os artistas e figura públicas que fantasiaram de nativos durante o baile da Vougue.
Nos comentários a ativista recebeu incentivos de alguns internautas. “Fale e fale alto. Ninguém pode te calar. A cultura indígena é resistência, os adereços usados são história e a pintura, tradição. Tem significado e simbologia. Mais do que respeitar, é preciso valorizar e garantir o viver indígena”, escreveu uma usuária.