Uma idosa de 78 anos foi presa, nessa quarta-feira (15), por permitir que a neta dela de 11 anos fosse estuprada pelo tio e um outro homem. Os responsáveis pela violência sexual também foram presos. Segundo a Polícia Civil, a avó era conivente com os abusos praticados contra a menina e geralmente permitia a prática do crime em troca de sustento, como alimentos. O crime ocorreu na Comunidade Indígena da Jibóia, no município de Normandia, no interior de Roraima.
Os abusos aconteceram em 2012 e, à época, a menina tinha apenas 11 anos. Conforme explicou o delegado titular do município, Rodrigo Gomides, na época do crime, o caso chegou à delegacia após uma denúncia do Conselho Tutelar, que relatava abusos sexuais contra uma criança indígena. Na ocasião, a menina morava com a avó, hoje com 78 anos, após ser abandonada pela mãe. Na casa, a garota ajudava com os afazeres domésticos.
“A avó, presa hoje, era conivente com os abusos praticados contra a menina, geralmente permitia a prática do crime em troca de sustento, como alimentos”, explicou o delegado. Gomides explicou ainda que as investigações apontaram que um agricultor de 78 anos estuprou diversas vezes a menina.
“Ele costumava frequentar a casa delas e aliciava a menina com o consentimento da avó. Tendo por diversas vezes praticado a violência sexual”, relatou o delegado. Conforme a denúncia do Ministério Público, o tio da menina, de 27 anos, também abusava dela com a permissão da avó.
Prisão
“Em um dos relatos colhidos, uma testemunha afirmou ter visto o tio arrastar a menina para a beira de um igarapé [curso d’água amazônico] e ter ficado nu enquanto a menina gritava pedindo socorro. A testemunha chamou a avó da menina, mas a mulher ao ver a cena teria dito ‘deixa, isto é sangue de preto mesmo’, permitindo que o fato se consumasse”, detalhou o delegado.
Os mandados de prisão com as sentenças condenatórias dos envolvidos foram expedidos nessa terça-feira (14), e cumpridos ontem de manhã. A avó da criança, o agricultor e o tio foram presos e encaminhados para Delegacia de Normandia onde aguardam para serem encaminhados à Audiência de Custódia em Boa Vista.
Com PCRR
