Um homem de 54 anos foi preso com um arsenal de armas e bombas na noite desse sábado (24), em Brasília. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele participava das manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e planejava um ataque no Aeroporto de Brasília, no dia da posse de Lula (PT).
O empresário, que é do Pará e foi ao DF para participar dos atos antidemocráticos, é suspeito de armar uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao aeroporto. Ele confessou estar planejando o atentado para o dia 1º de janeiro.
A PCDF ainda encontrou armas, munições e outros explosivos em um apartamento onde ele teria guardado. O homem disse que levou parte do material do Pará para Brasília em uma caminhonete, mas as explosões teriam sido enviadas posteriormente. A informação é do Metrópoles.
‘Tragédia nunca antes vista’
O delegado-geral da corporação no DF, Robson Cândido, afirma que, se o plano do empresário bolsonarista de acionar as bombas fosse bem-sucedido, uma tragédia nunca vista aconteceria em Brasília.
“Ele faz parte deste movimento de apoio [a Bolsonaro]. Estão imbuídos nessa missão ideológica, mas que saiu do controle. Nós iremos tomar todas as providências, iremos prender qualquer um que atente contra a democracia, principalmente com ameaças, com bombas”, afirmou.
“Isso é algo que nunca existiu em Brasília, e não iremos permitir nenhum tipo de manifestação que possa causar mal às pessoas, ao patrimônio público. Se esse material adentrasse o Aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia jamais vista”, completou o delegado.
Robson Cândido ainda afirmou que a perícia da Polícia Civil aponta que houve tentativa de acionar uma das bombas. “Talvez até por ineficiência técnica, não conseguiram explodir, mas a intenção era explodir esses outros materiais e causar esse tumulto”, disse.
O delegado-geral também informou que a PCDF investiga outros envolvidos no planejamento de atentados. O empresário preso será autuado por porte, posse de arma de fogo, munições e crime contra o Estado Democrático de Direito.