‘Trump dos Trópicos’: Nos EUA, Bolsonaro apoia muro com México e libertação de venezuelanos

Reprodução da internet

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) continua em viagem aos Estados Unidos (EUA) e às vésperas de se reunir com Donald Trump, nesta terça-feira (19), o capitão da reserva apoiou a ideia do presidente norte-americano de construir um muro na fronteira do país com o México. “Nós vemos com bons olhos a construção do muro”, disse Bolsonaro em entrevista à Fox News nessa segunda-feira. O líder brasileiro ainda falou sobre Marielle Franco, Venezuela e foi chamado de ‘Trump dos Trópicos’.

A viagem do presidente brasileiro também está sendo marcada pela liberação do visto de visita para turistas do Canadá, Austrália, Japão e EUA ao Brasil e por uma declaração polêmica do deputado e filho de Bolsonaro, Eduardo, sobre imigrantes ilegais (veja abaixo).

Ao apoiar a construção do muro por parte dos EUA na fronteira com o México, Bolsonaro alegou que “a maioria dos imigrantes não tem boas intenções”, por isso a necessidade de tal estrutura.

Ainda na entrevista, foram abordados temas como o possível envolvimento de Bolsonaro com as milícias e a morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes, que completou um ano no dia 14 sem grandes explicações. Dois militares foram presos na semana passada e agora a Polícia Civil do Rio de Janeiro tenta elucidar outros pontos do crime e, aquele que é considerado o principal deles: quem foi o mandante da dupla execução.

O presidente rebateu as acusações e ao ser indagado sobre o policial reformado Ronie Lessa, um dos acusados pela morte de Marielle, morar no mesmo condomínio em que tem uma casa. Bolsonaro disse que não passa de uma “coincidência” e que tem amizade com “parte dos oficiais da polícia do Rio de Janeiro”. “Por coincidência, um desses suspeitos de ter matado a Marielle não era na verdade vizinho meu, mas morava do outro lado de uma outra rua. Só descobri que ele vivia lá depois de ver as notícias”, atestou.

Venezuela

A situação enfrentada pela Venezuela foi destacada na entrevista e Bolsonaro enfatizou que o Brasil teria o mesmo futuro caso continuasse sendo governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O presidente afirmou que conta com o apoio e a capacidade bélica dos EUA para que o povo venezuelano seja libertado.

A jornalista Shannon Bream, que conduziu a entrevista, em determinado momento comparou Bolsonaro ao presidente norte-americano chamando-o de “Trump dos trópicos”. Com um sorriso, ele gostou da brincadeira e disse que sempre admirou Trump.

Bolsonaro libera vistos e filho dá declaração polêmica

Turistas dos EUA, Japão, Canadá e Austrália estão dispensados do visto de visita para realizarem viagens ao Brasil. O decreto assinado por Bolsonaro e publicado nessa segunda (18) em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União não é válido para os brasileiros que desejarem viajar para os países citados, ou seja, ele é unilateral.

A medida, considerada inédita pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), passará a valer a partir de 17 de junho. No decreto é destacado que a permanência do turista será de até 90 dias e que poderá ser prorrogado por igual período desde que não ultrapasse 180 dias. No Brasil os moradores dos países citados poderão desenvolver atividades como turismo, negócio, realização de atividades artísticas ou desportivas. Eles não poderão estabelecer residência no país.

O fato dos brasileiros ainda precisarem do visto de visita foi indagado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro nos EUA. Para o filho do presidente, a medida poderia fazer com que muitos brasileiros passem por turistas e vivam ilegalmente nos EUA. “Será que estou falando algum absurdo em dizer que, sem a necessidade de um visto, várias pessoas entrariam nos EUA de maneira ilegal e ilegalmente permaneceriam lá?”, disse.

E foi justamente uma declaração envolvendo imigrantes ilegais que causou grande repercussão. Para Eduardo, brasileiros que moram ilegalmente fora do país são uma “vergonha”. “Um brasileiro ilegalmente fora do país é um problema do Brasil, isso é vergonha nossa, para a gente. Um brasileiro que vai para o exterior e comete qualquer tipo de delito, eu me sinto envergonhado”, afirmou o deputado que é o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

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