Bolsonaro diz ser contra Carnaval, que nova onda da Covid-19 está vindo e questiona eficácia das vacinas

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O presidente voltou a criticar medidas de isolamento adotadas por prefeitos e governadores (Marcelo Carmargo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nessa quinta-feira (25), que uma “outra onda” da Covid-19 se aproxima do Brasil. O político também afirmou que é contra a realização do Carnaval de 2022 no país. As declarações foram dadas durante entrevista à Rádio Sociedade da Bahia.

“Outra onda, sim, está vindo. Não sei se outra cepa de vírus ou se acabou validade da vacina, e os problemas estão aí. É uma realidade que temos que enfrentar, não adianta se esconder nem culpar ninguém por essa tragédia que está acontecendo no mundo todo”.

Bolsonaro ainda disse que, mesmo que os casos voltem a subir, ele manterá sua postura contra a imposição do lockdown. “Estou vendo que alguns países da Europa, sim, estão retomando medidas de lockdown. Se tivermos outro lockdown em Estados e municípios pelo Brasil vão quebrar a economia de vez em nosso país. Essa é nossa preocupação”, disse.

Mais uma vez, o presidente questionou a eficácia das vacinas contra a Covid-19. “A vacina deve ter uma validade. Seis meses depois, os anticorpos estão mais baixos. Já quem tem a doença conta com muito mais imunidade”.

Carnaval

O chefe do Executivo também criticou a realização do Carnaval no próximo ano, mas disse que a decisão não é dele. E, novamente, culpou governadores e prefeitos pelos casos de Covid-19 no Brasil.

“Por mim não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o STF (Supremo Tribunal Federal), quem decide são os governadores e prefeitos. Então, não quero me aprofundar nessa que, poderia ser, uma nova polêmica”, disse o presidente.

“Em fevereiro do ano passado, ainda estava engatinhando a questão da pandemia, pouco se sabia, praticamente não tinha óbito no Brasil, eu declarei emergência e os governadores e prefeitos ignoraram, fizeram Carnaval no Brasil. As consequências vieram. Chegamos a 600 mil óbitos e alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade. Não tenho culpa disso”, continuou.

Bolsonaro ainda disse que não está se “esquivando nem apontando” outras pessoas. “É uma realidade. Todo trabalho de combate a pandemia coube aos prefeitos e governadores. A mim, coube enviar recursos para esses municípios. No total, para combater a pandemia, gastamos no ano passado R$ 700 bilhões. Foi dinheiro para o auxílio emergencial”, completou.

Assista a entrevista completa:

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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