Brasileiras são presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagem com drogas

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Mulheres estão presas após terem bagagens trocadas por malas com drogas no Aeroporto de Guarulhos (Reprodução/@katyna.baia/Instagram)

As goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía estão presas na Alemanha após terem tido as malas trocadas por bagagens com drogas em um aeroporto do Brasil. O casal foi detido no aeroporto de Frankfurt em 5 de março depois que as autoridades alemãs encontraram 40 quilos de cocaína nas malas delas. Investigações no Brasil apontam que elas são inocentes e que foram vítimas da ação de uma quadrilha.

Em audiência de custódia nessa quarta-feira (5), a Justiça alemã manteve a prisão preventiva das mulheres. Embora considerem os indícios da inocência do casal, autoridades na Alemanha buscam acesso a mais provas antes de liberá-las.

“A Polícia Federal produziu as provas e encaminhou para Justiça alemã. Só que hoje, na audiência de custódia, tanto o juiz quanto o promotor falaram que, da forma como chegou, não foi suficiente”, começa a advogada do casal, Luna Provázio, em vídeo nas redes sociais.

A defesa das brasileiras ressalta que o juiz e a promotoria só receberam as fotos e o relatório escrito da Polícia Federal e que precisam dos vídeos dos dois aeroportos, os mandados de prisão dos envolvidos já foram identificados e, por fim, o acesso ao inquérito completo.

Seis prisões temporárias

Após a prisão na Alemanha, a Polícia Federal começou a investigar o caso e descobriu que as mulheres podem ter sido vítimas da ação de uma quadrilha que usa funcionários terceirizados de aeroportos no tráfico.

Câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, mostram quando um funcionário troca as etiquetas das malas das brasileiras durante o transporte de bagagens.

Uma série de gravações usadas na investigação mostram que enquanto alguns membros do grupo trocavam as etiquetas e tiravam fotos das malas, outros transportavam a bagagem do terminal doméstico ao internacional.

Em São Paulo, a corporação cumpriu seis mandados judiciais de prisão temporária.

Com Agência Brasil

Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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