Brasileiros integram quadrilha internacional de droga; PF apreendeu 4 toneladas de cocaína no país

Investigação contou com apoio de policiais internacional

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (9), a Operação Antigoon, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas e que se utilizava do transporte marítimo para cometer o crime.

A ação foi deflagrada nas primeiras horas de hoje e mobiliza cerca de 100 policiais federais, que cumprem 21 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão preventiva em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

As investigações da PF, que contaram com o apoio da Receita Federal, se estenderam por aproximadamente um ano  e descobriram que o grupo usava contêineres, transportados em navios, para enviar droga à Europa.

Durante as investigações, foram apreendidas cerca de quatro toneladas de cocaína em portos espalhados pelo país, como do Rio de Janeiro, de Vitória, Santos, de Salvador e de Suape (PE).

Nas apurações, a Polícia Federal também buscou identificar o destino da droga para fechar o cerco à organização e desarticular o braço internacional do grupo.

Com o apoio dos institutos de cooperação policial internacional, foram feitas apreensões nos portos de Antuérpia, na Bélgica; Gioia Tauro, na Itália; e Valência, na Espanha.

A cooperação se deu com a participação dos adidos da PF no exterior e dos representantes das polícias estrangeiras que atuam no Brasil. Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas podem chegar a 25 anos de prisão.

Antigoon refere-se a uma lenda sobre a origem do nome da cidade de Antuérpia, principal destino da droga na Europa. Segundo a lenda, um gigante chamado Antigoon cobrava valores de quem atravessasse o Rio Escalda e cortava uma das mãos daqueles que se recusassem a pagar. Antigoon foi morto por um jovem chamado Brabo, que cortou a mão do próprio gigante e atirou-a ao rio. Daí o nome Antwerpen – hand (mão) e wearpan (arremessar).

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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