Fiocruz alerta para aumento de casos de síndrome respiratória em crianças após volta às aulas

Aumento do caso em crianças pode ser por causa de volta as aulas
Aumento do caso em crianças foi notado no período de volta às aulas presenciais (FOTO ILUSTRATIVA: Tânia Rego/Agência Brasil)

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou, nessa sexta-feira (25), o novo Boletim InfoGripe, que alerta para o aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre crianças ao longo de fevereiro e março deste ano. Nas crianças de 5 a 11 anos, o aumento na média foi de 216%, passando de 160 casos semanais para uma média estimada em 506 casos semanais. 

Já entre as crianças de 0 a 4 anos, a média móvel dos casos aumentou em cerca de 77%, passando de 970 casos semanais para cerca de 1.870. A Fiocruz destacou que o aumento coincide com o período de retomada o ano letivo nas escolas.

A maior parte dos casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de Covid-19, exceto entre as crianças de 0 a 4 anos. 

A prevalência entre os casos com resultado positivo, de acordo com o boletim, foi de 1,3% Influenza A, 0,3% Influenza B, 15,8% vírus sincicial respiratório, e 73,8% Sars-CoV-2 (o da Covid), entre a população geral.

Mortes

Entre as mortes registradas, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 98,5% Sars-CoV-2.  

Entre as crianças de 0 a 4 anos, houve aumento dos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório, que pertence ao gênero pneumovírus e é um dos principais agentes de infecção aguda nas vias respiratórias em crianças pequenas. O vírus pode afetar os brônquios e os pulmões e é responsável pela bronquiolite aguda e pneumonia. 

Estados 

O boletim da Fiocruz mostra que a curva nacional dos casos de SRAG, considerando todas as idades, mantém a tendência de queda a longo prazo – ou seja, considerando os dados das últimas seis semanas – e de curto prazo, consideradas as últimas três semanas. Essa tendência acompanha a queda nos casos associados à doença. 

Há, no entanto, indícios de possível início de estabilização em patamar que já é inferior ao de começo de novembro de 2021,  quando havia sido registrado o menor número de novos casos semanais desde a chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil. 

Os novos dados mostram que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo. São eles: Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e Sergipe.

Outros seis estados apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Paraíba e Rio de Janeiro. Nas localidades, os crescimentos sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil, de acordo com a Fiocruz. 

Com Agência Brasil

Edição: Giovanna Fávero
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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