O chef de cozinha Esdras de Lúcia usou as redes sociais nessa sexta-feira (10) para relatar uma situação desagradável ocorrida com ele enquanto comia cuscuz de camarão em uma das padarias mais tradicionais de São Paulo. Em vídeo, ele conta ter mastigado um pedaço de vidro que estava dentro do prato.
“Mastiguei, fez aquele estralo dentro da boca. Chamei a funcionária educadamente, chamei o gerente”, relatou ele. Ao BHAZ, Esdras conta que ao voltar para casa sentiu um desconforto na barriga e precisou procurar um médico.
Após exames de raio-x e de tomografia, ficou constatada uma lesão no estômago dele, provocada por pequenos pedaços de vidro que foram ingeridos junto com a comida. Ele precisou ficar internado de quinta-feira (9) até ontem (10) e segue tomando medicamentos para dor.
“A médica me examinou com toque, ela encostava na minha barriga e eu já sentia dor. Geralmente eu não sinto dor depois que eu como. Ela disse que era melhor eu fazer os exames e ficar internado. Eu ainda sinto dores perto do umbigo”, explica ele.
Padaria se retrata
Na madrugada deste sábado (11), a padaria Dona Deôla publicou uma carta de retratação ao chef Esdras de Lúcia. No texto, o estabelecimento diz ser solidário com a situação.
“Fizemos contato nos colocando à disposição e reiteramos a nossa preocupação. Contamos com vários profissionais responsáveis por garantir a segurança alimentar de nossas produções, um nutricionista em cada unidade e vigilantes sanitários responsáveis pela orientação e supervisão em todas as etapas do processo produtivo”, explica a padaria. Existem treinamentos constantes de boas práticas de fabricação e segurança dos alimentos.
“Estamos rastreando todos os processos e fornecedores de matérias primas a fim de esclarecermos a procedência. Assim que fomos informados, tudo foi recolhido, inclusive as reposições que seguiram para análise imediata. Aproveitamos a oportunidade para reafirmar nosso compromisso com a segurança e qualidade final dos nossos produtos”, acrescentou a padaria.
Segundo o chef de cozinha, a dona do estabelecimento entrou em contato com ele e demonstrou preocupação genuína com seu estado de saúde. O cliente disse que já era um frequentador assíduo da padaria e diz esperar que a situação sirva para que o atendimento seja melhorado.
“Como eu sou profissional da área, existe a possibilidade de eu prestar algum tipo de treinamento aos colaboradores e transformar isso em algo bom. Essa ideia partiu da proprietária. Como eu comecei lavando pratos antes de me tornar chef de cozinha, eu sei que a maioria desses profissionais são formados na base da oralidade. São pessoas simples, humildes, que às vezes demoram 1h30 para chegar ao trabalho. Eu entendo as mazelas deles”, pontuou.
