Conheça a fantástica história da goleira que emocionou o Mineirão

Divulgação/Rio 2016

Após o trauma de 2014, quando a Seleção Brasileira masculina de futebol foi humilhada por 7 a 1 pela Alemanha, na Copa do Mundo daquele ano, os torcedores mineiros estavam carentes – e receosos. Na noite de sexta-feira (12), o reencontro com a amarelinha em uma fase eliminatória de um torneio importante foi cercado de expectativa.

Brasil e Austrália, pelo campeonato de futebol feminino da Olimpíada, reuniu nada menos do que 52 mil pessoas. E o enredo estava se desenhando, com menos pitadas de crueldade, obviamente, para a mesma melancolia de 2014. Marta, a craque do escrete, perdeu o último pênalti e só faltava a australiana Gorry garantir sua cobrança. Aí foi o momento de aparecer a estrela da goleira Bárbara.

O que poucos dos 52 mil presentes que se emocionaram com a classificação sabem é da história fantástica da pernambucana responsável pelo feito. Nascida no Recife em 1988, a atleta já ostenta medalhas de ouro das edições dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, e em 2015, em Toronto, além da prata na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Mas, para chegar a esse patamar, a goleira teve que driblar o abandono do pai. “Quando meu pai foi embora, foi um momento muito difícil pra mim porque, além da minha mãe ficar sem o marido de 20 anos de casamento, ele estava deixando 3 filhos, virando as costas, quando a gente precisava dele. Foi momento mais difícil da minha vida, brigar com a pessoa que eu mais amava”, contou, em emocionante relato, à TV Globo.

Em 2007, pouco antes de faturar o ouro no mesmo Rio de Janeiro, um perfil da goleira dizia: “Ela tem a mãe desempregada e não fala com o pai, que sofre de alcoolismo, há nove anos. Vive de pensão alimentícia e de uma diária de R$ 35, que recebe apenas quando está em ação pela seleção brasileira”.

Guerreira, Bárbara conseguiu driblar os percalços e agora é a protagonista da emoção de milhões de brasileiros. Mas, na saída do gramado do Mineirão, já deixou claro: “as dificuldades só estão começando”. “Eu quero ganhar a Olimpíada em casa, e quero ser eleita a melhor goleira da competição”, diz, determinada.

Gana e talento não faltarão.

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