Loló ‘cura’ e áudio de bombeiro em pânico: Primeiro caso de coronavírus inunda redes de notícias falsas

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Depois de ter o primeiro caso confirmado no Brasil, boatos sobre o coronavírus explodem nas redes sociais (WhatsApp/Reprodução + Tyrone Siu/Reprodução)

Após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, os áudios com boatos sobre a enfermidade já inundam as redes sociais. As notícias falsas só servem para causar alarde desnecessário na população. Em uma das gravações, um homem que se identifica como Tenente-Coronel Jeferson, do 13º Batalhão de Bombeiros Militar, diz que “a coisa está muito complicada”.

No áudio que viralizou, um homem se identifica como Tenente-Coronel Jeferson, do 13º Batalhão de Bombeiros Militar, e diz que “a coisa está muito complicada”. O homem ainda relata que o “pessoal da imprensa não está divulgando porque o governo não quer alarmar o povo”.

Na continuidade, o suposto militar fala que “o coronavírus já chegou na região de Contagem, Betim e Ibirité”. Ele pede para que ninguém frequente os hospitais, e que evitem sair de casa. “Quem for pegar ônibus, pelo amor de Deus, use máscara. Já tem mais de 58 casos espalhados”, continua o homem.

No fim do áudio, ele desmente um coronel que teria falado que não há motivos para alerde.”Mas acho uma sacanagem não falar isso com o povo. Espalhe esse áudio o máximo que puder”. Ele complementa dizendo que já foi aprovada, pelo governador Romeu Zema (Novo), a construção de um hospital para tratar a doença.

Áudio é falso

Segundo os bombeiros, “todas as informações desse áudio são falsas”. A corporação acrescentou que não há o citado militar ou o mesmo o batalhão na estrutura do CBMMG.

Os bombeiros ainda reforçam que todas as informações sobre os casos suspeitos no Estado e orientações são diariamente atualizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e disponibilizadas no site da Secretaria.

Nessa quinta-feira (27), a SES apresentou o Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública COVID-19.

Loló não cura coronavírus

Nas redes sociais, circula uma suposta notícia de que o loló, droga líquida feita à base de clorofórmio e éter, teria o poder de eliminar o vírus. A notícia é falsa, trata-se apenas de um print que está disseminado no WhatsApp, Instagram e Twitter.

De acordo com pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, além de ser uma droga que vicia, o loló pode trazer diversos danos à saúde. Os efeitos podem ser diferentes, dependendo do tipo de solvente, das doses e do tempo utilizado.

“Os problemas mais imediatos são os acidentes que o usuário pode sofrer, pela incoordenação motora. Pelo uso crônico, ocorre irritação das mucosas, do sistema respiratório e da pele e pode aparecer lesão no fígado ou no coração. A lesão cardíaca explica as mortes súbitas que ocorrem, às vezes. Há, ainda, atrofia cerebral com diminuição da memória e lesão dos nervos periféricos, com diminuição da força. Alguns produtos ocasionam alterações do sangue”, diz trecho da publicação (leia tudo aqui).

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