Damares, ministros e apoiadores de Bolsonaro debocham de atos contra o governo convocados pelo MBL

Damares
Ministra diz que riu das manifestações (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

As manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), convocadas pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e pelo movimento Vem Pra Rua, apresentaram uma baixa adesão ontem (12). Membros do governo Bolsonaro, como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, zombaram dos atos nas redes sociais. Apoiadores na Câmara dos Deputados também se manifestaram.

“Eu juro que ia ficar quieta rindo sozinha, mas daí lá vem o ministro Fábio Faria provocar e não aguentei! Então lá vai: chora esquerda”, diz Damares, apesar dos atos terem ocorrido sem adesão da maioria das organizações e partidos de esquerda. O PT e o PSOL não participaram dos atos, assim como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). O evento tinha como lema “nem Lula, nem Bolsonaro”.

Outros partidos e movimentos se dividiram quanto à participação no protesto. O MBL, um dos organizadores dos atos, foi um dos principais apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, e de Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais. Na postagem, Damares ainda se refere ao ministro das Comunicações Fábio Faria, marido de Patrícia Abravanel, apresentadora e filha de Silvio Santos, além do ministro do Turismo Gilson Machado Neto.

Machado postou um vídeo na rede social rindo das manifestações. Já o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal), disse que os participantes do ato na Avenida Paulista eram “meia dúzia de gatos pingados”.

Apoiadores de Bolsonaro na Câmara

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, também se pronunciou: “A manifestação do MBL pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro na praia de Copacabana conseguiu um fato inédito: que a praia ficasse mais vazia do que em um domingo qualquer de sol”, alegou.

Já o líder do PSL na Câmara dos Deputados, o deputado federal Major Vítor Hugo (PSL-GO) escreveu que os atos “deixaram o domingo mais engraçado”. “Foi mal… agora que entendi… as manifestações de hoje eram em home office. Parabéns à “frente ampla”, MBL, oposição… e muito obrigado: deixaram nosso domingo mais engraçado”.

Atos contra o governo

A manifestação contra Bolsonaro ocupou a Praça da Liberdade em Belo Horizonte. Manifestantes exibiam faixas e camisas com slogans apontando uma “traição” do presidente da República e se opondo também ao ex-presidente Lula, possível candidato em 2022. A maioria dos presentes usavam branco e várias pessoas levaram cartazes que pediam uma “terceira via” para as eleições do próximo ano.

O BHAZ conversou, antes das manifestações, com uma das pessoas à frente do evento na capital mineira. A ativista Marcela Valente, ex-apoiadora de Bolsonaro, revelou descontentamento com a gestão do presidente. “A gente quer vacina, o povo trabalhando, gasolina mais barata, preço dos alimentos em conta”, disse, além de reforçar os pedidos por uma terceira via (veja mais aqui).

Edição: Vitor Fernandes

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