O desabamento de parte de um prédio em Olinda, Pernambuco, matou um homem de 32 anos e um adolescente de 13 anos, na noite dessa quinta-feira (27). Outras cinco pessoas foram resgatadas com vida dos escombros, além de três cachorros.
O Edifício Leme desabou por volta das 22h, no bairro de Jardim Atlântico. O Corpo de Bombeiros de Pernambuco segue trabalhando no local, na rua Acapulco, e a Defesa Civil de Olinda também foi acionada.
De acordo com os bombeiros, das vítimas resgatadas, duas estavam em estado grave, e outras três apresentavam ferimentos leves. Os militares usaram a técnica de “chamada e escuta” para encontrar a quinta vítima, um homem de 53 anos, nesta manhã.
O desabamento de parte de um prédio em Olinda matou um homem e um adolescente. Cinco pessoas foram resgatadas com vida, e bombeiros usaram a técnica de “chamada e escuta” para encontrar a quinta vítima, um homem de 53 anos, nesta manhã.
— BHAZ (@portal_bhaz) April 28, 2023
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Os sobreviventes são duas mulheres de 25 anos, encaminhadas à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Olinda; uma mulher de 30 anos, encaminhada ao hospital Miguel Arraes; e dois homens de 44 e 53 anos, levados para o Hospital da Restauração.
Prédio estava interditado desde 2000
Procurada pelo BHAZ, a Defesa Civil de Olinda informou que o Edifício Leme foi interditado pelo órgão em 2000, após uma vistoria conjunta feita entre o estado, o município e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Em seguida, os órgãos exigiram da seguradora do imóvel a demolição do prédio. Ainda segundo a Defesa Civil, a mesma seguradora também é responsável pela vigilância do edifício, sendo encarregada de proibir a ocupação.
“A Prefeitura de Olinda atua junto à Justiça, a fim de obrigar as seguradoras a executarem as demolições. Dezenas de ações foram movidas pela Procuradora do Município. Como exemplo, têm-se os casos dos edifícios Verbena e JK, onde a Caixa Seguradora, responsável pela Guarda e Conservação dos prédios, foi obrigada a demoli-los, relocando eventuais ocupantes”, afirma o órgão.
No entanto, ainda segundo a Defesa Civil de Olinda, existem casos em que a Justiça já determinou a demolição do imóvel após ação da prefeitura, mas a seguradora “se recusa a dar cumprimento à ordem judicial”, mesmo sendo cobrada multa diária no caso de descumprimento.
“A Prefeitura de Olinda se solidariza com as famílias das vítimas e vai continuar atuando para que os prédios condenados do município sejam totalmente demolidos pelas seguradoras responsáveis”, finaliza.
