O empresário Eike Batista foi preso na manhã desta segunda-feira (30) ao desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Ele estava em Nova Iorque e era considerado foragido desde a semana passada, quando agentes da Polícia Federal não o encontraram em casa para cumprir ordem de prisão.
Por volta das 10h, Eike estava sendo encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde passará por exame de corpo de delito. Na sequência, o empresário será levado ao presídio Ary Franco, na capital fluminense.
Proprietário do grupo EBX, o empresário mineiro — nascido em Governador Valadares — é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso desde novembro último.
Junto com o executivo Flávio Godinho, braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, Eike Batista está sendo acusado de ter pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Eles também são suspeitos de terem obstruído as investigações.
À reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, Eike afirmou que responderá “à Justiça, como é o meu dever”. “Meu sentimento é que tem que se mostrar o que é. Está na hora de passar as coisas a limpo.” Ele foi abordado no último domingo enquanto estava na área de embarque do Aeroporto JFK, onde tomaria o voo com destino ao Brasil.
Foragido
Na última quinta-feira, a Polícia Federal tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não foi encontrado. Os advogados informaram que ele havia viajado a trabalho para Nova Iorque e que voltaria ao Brasil para se entregar.
Desde então, a Polícia Federal o considerou foragido e pediu a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol — a polícia internacional.
Com Agência Brasil
