Cientistas analisam ossos no Museu Nacional; esperança é que sejam de Luzia, fóssil de 12 mil anos achado em Minas

Pesquisadores e funcionários retiram peças dos escombros do Museu Nacional após incêndio

Ossos encontrados no trabalho de rescaldo do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, estão sob análise de pesquisadores da instituição. Os cientistas conferem a possibilidade de o crânio ser de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no continente americano.

O prédio principal do Museu Nacional foi destruído por um incêndio que começou na noite de domingo (2) e avançou pela madrugada de segunda-feira. Uma das peças mais importantes do acervo, de 20 milhões de itens, era o fóssil de Luzia, que estava exposto à visitação. Pesquisadores constataram que o fóssil, encontrado em Minas Gerais, tem 12 mil anos.

Segundo a vice-diretora do Museu Nacional, Cristina Serejo, foram encontrados alguns ossos em uma área próxima ao local onde Luzia ficava exposta, mas ainda não é possível concluir se os restos pertencem a ela.

Uma tela do Marechal Rondon foi encontrada chamuscada nos escombros, e os pesquisadores devem iniciar um trabalho de recuperação da obra de arte.

Um dos destaques do museu, a coleção egípcia reunida pela Família Real no século 19 foi praticamente toda perdida, de acordo com a vice-diretora.

“Estamos recebendo várias ofertas de doações, e de várias instituições estrangeiras, inclusive. Vamos fazer uma campanha para receber material e reerguer o Museu Nacional com as coleções. Temos muitos contatos internacionais”, disse Cristina, que contou que o museu está se articulando internamente para receber as doações.

Medalhas comemorativas estão acabando

Ao completar 200 anos no dia 6 de junho último, a Casa da Moeda lançou três tipos de medalhas em comemoração ao bicentenário do Museu Nacional, instalado no bairro imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. Foram cunhadas 550 unidades, com 50 milímetros de diâmetro, sendo 50 unidades na versão prata dourada, 100 em prata e 400 em bronze.

As medalhas comemorativas estão disponíveis para compra no site da Casa da Moeda e no Centro Cultural da Casa da Moeda, no centro do Rio. Havia um ponto na loja física do museu. A versão prata dourada estava sendo vendida, pelo valor mais caro, a R$ 850, e já esgotou. A de prata, ao valor de R$ 530, e ainda restam 13 para serem vendidas pelo site. E as moedas cunhadas em bronze, anunciadas ao preço de R$ 135 no site, restam 43 exemplares.

A arte é de autoria de Dalila Santos, professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Para o anverso, me inspirei no bosque que cerca o museu, um conjunto de caminhos que se apresentam como galhos de uma árvore bem frondosa. No reverso, priorizei as coleções do museu, destacando peças extremamente significativas como o Maxakalisaurus topai, as múmias, a preguiça-gigante e Luzia”, disse.

No anverso, a medalha tem a vista do prédio do Museu Nacional, capturada a partir de um drone, rodeado por uma área arborizada. Nas laterais esquerda e direita há um recorte com molduras observadas nas pinturas de teto do Salão do Segundo Reinado. Na parte superior, pode ser visualizada a inscrição Museu Nacional ladeada pelas eras 1818–2018. Na orla inferior, está a inscrição com o nome da instituição da qual o museu faz parte: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

No reverso da moeda, a representação dos veios de uma árvore e peças significativas das coleções que integram o acervo. Ao centro, está a logo comemorativa dos 200 anos da instituição.

Da Agência Brasil

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!