Um jovem de 20 anos foi morto a tiros após reagir a um assalto na Zona Sul de São Paulo, na última segunda-feira (25). Renan Loureiro andava com a namorada em uma calçada quando foi abordado por um falso entregador de aplicativo na rua Frei Farto, no Jabaquara. Segundo o g1, a Polícia Civil identificou o suspeito como um jovem de 23 anos, que segue foragido.
Renan morreu com quatro tiros, conforme imagens divulgadas na internet. Um vídeo gravado por câmeras de segurança mostra que, por volta de 22h40, o casal é parado na rua por um motociclista. Ele anuncia o assalto, a vítima se ajoelha e diz: “Eu não tenho nada”.
Instantes depois, o jovem tenta reagir e o assaltante dispara. Desesperada, a namorada começa a gritar por socorro e o suspeito foge de moto.
– Não foi a reação da vítima diante de uma ameaça à sua integridade e a de sua companheira que lhe custou a vida, mas o conforto do bandido na certeza da impunidade. Não foi o cidadão que preferiu perder a vida por causa de um celular, mas o bandido que escolheu matar por isso. pic.twitter.com/sb8HUg7KLy
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 28, 2022
Bolsonaro presta condolências
O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou o assassinato por meio das redes sociais. Ele escreveu que “o conforto do bandido na certeza da impunidade” foi o motivador do crime que tirou a vida do jovem. “Não foi o cidadão que preferiu perder a vida por causa de um celular, mas o bandido que escolheu matar por isso”, publicou.
Ele ainda opinou que “há muito tempo o Brasil sofre nas mãos do crime, muitas vezes reflexo daqueles que foram eleitos para combatê-lo, mas acabaram por absorvê-lo ou até mesmo legitimá-lo”. Na sequência, queixou-se de que a Constituição não prevê prisão perpétua.
“Infelizmente temos que repetir nossa revolta contra esse tipo de monstruosidade, sobretudo num cenário em que ainda há pessoas que vivem para defender e relativizar crimes tão desumanos, menosprezando a dor irreparável de inocentes. Neste caso, culpar a vítima tornou-se válido”, continuou.
O chefe do Executivo prestou condolências à família e à namorada de Renan, desejando que o responsável pela “brutalidade” pague por seus atos. “Continuaremos fazendo o que estiver ao nosso alcance para seguir avançando. É nosso dever impedir que cenas como essa sejam normalizadas”.
O BHAZ entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e aguarda retorno para mais detalhes. Tão logo o órgão se manifeste, esta matéria será atualizada.