Ex-BBB Danrley Ferreira desabafa sobre abordagem racista de guardas no Rio

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Influencer usou as redes sociais para denunciar abordagem (Reprodução/@danrleyoficial_/Instagram)

“O racismo no Brasil é f*da, mané. Na maior parte das vezes ele é silencioso”. O ex-BBB Danrley Ferreira relatou uma abordagem racista por guardas no Rio de Janeiro nessa terça-feira (16). Ele não especificou a qual corporação os agentes pertenciam.

O influencer conta que estava esperando uma amiga próximo ao parque Lage, Zona Sul do Rio, quando foi abordado por guardas. Ele filmou parte da cena que mostra como foi tratado e denunciou ter sido vítima de racismo por conta das circunstâncias.

“É doido, porque por mais que você não se identifique como pessoa negra, que você ache que são todos iguais, a sociedade faz essa separação. Não tem pra onde correr”, começou o ex-BBB.

“Estava esperando uma amiga sair em cima da minha bike do Itaú, na qual eu sou modelo da marca e garoto propaganda. Dois guardas chegaram para me abordar e perguntar o que eu estava fazendo ali parado”, continua.

O influencer ainda ressalta um detalhe, que o local era um ponto de ônibus. Os guardas começaram a questioná-lo. “Se eu era maior de idade, se o celular que eu estava era meu e o que eu estava vendo no meu celular”.

Constrangimento

Na sequência, Danrley exibiu alguns trechos que conseguiu gravar da situação. No início, um deles pede para ver o documento do influencer. Ele então pergunta se o interesse mesmo é ver o celular.

“O que me deixa put* nessa história não é nem ser abordado, porque eles estavam ali trabalhando. Mas é saber que se eu fosse um moleque da mesma idade, branco, loiro e de olho azul eu tenho certeza que eles não cogitarariam [me abordar]”, desabafa.

“Porque esse é o padrão de pessoas que moram ali. Eles não perguntaram se o celular era dele, porque é um celular caro, e muito menos iam pedir pra ver o que a pessoa estava vendo”. continua.

‘Ia me levar detido, por qual crime?’

Danrley ressalta que não é “uma pessoa retinta”. “Minha pele não é tão escura, mas isso nunca me impediu que eu passasse por situações como essa. Ele viu meu celular e viu o que eu estava fazendo”.

“Eu estava trabalhando, escrevendo um texto sobre educação e periferia. Uma coisa que me deixou put* é que ele disse que se eu não mostrasse o celular e não cooperasse, ele ia me levar detido, por qual crime? Não ser branco?”, completou.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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