Diante da seca e da elevação das temperaturas, o Governo Federal avalia o retorno do horário de verão em 2024 em diversos estados brasileiros. A medida pode ser uma alternativa para economia na conta de luz, pois a maior parte da energia do país depende de usinas hidroelétricas, ou seja, da água.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou a jornalistas, nessa quarta-feira (11), que, além de auxiliar na manutenção do preço de energia, a medida pode ajudar a impulsionar a economia. “Ele impulsiona fortemente a economia do turismo, a economia dos bares, restaurantes, ele impulsiona a economia cotidiana”, afirmou.
Silveira também destacou que, apesar de o assunto dividir opiniões entre brasileiros, pesquisas apontam que a maioria se mostra receptiva ao horário de verão. No entanto, o ministro ressalta que a medida segue em fase de estudo, sem nada definido. “O horário de verão, objetivamente, é algo que está colocado na mesa, mas não existe uma decisão, até porque depende do índice pluviométrico”, declarou Silveira.
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckimin, concordou que o horário de verão é uma das alternativas, mas destacou que é preciso também economizar no gasto de energia elétrica.
O que é o horário de verão?
O horário de verão no Brasil é uma medida governamental, que avança os relógios em uma hora em relação ao horário oficial de Brasília. Foi criado no país em 1931 e funcionou, continuamente, de 1985 até 2019, quando o governo passado decidiu revogá-lo, alegando pouca efetividade na economia energética.
Países que adotam o horário de verão
Diferente do que muito acreditam, o horário de verão não é uma invenção brasileira. Os primeiros registros oficiais da medida foram em abril de 1916, na Alemanha, e em maio, do mesmo ano, no Reino Unido.
Ainda hoje, é adotado em países de todos os continentes. Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Paraguai são exemplos de países que seguem o horário de verão nas Américas. Austrália, Nova Zelândia, Irã, Turquia, Marrocos, Israel, Suíça, Noruega, Islândia, Reino Unido e a maioria dos países da União Europeia também adotam a medida.
