Governo finaliza acordo que facilita entrada de brasileiros nos EUA; veja como aderir

novo passaporte brasileiro
Novo modelo do passaporte brasileiro começa a ser emitido hoje (Arquivo/Agência Brasil)

O governo brasileiro anunciou que entrou em vigor a terceira e última fase de um acordo assinado com o governo dos Estados Unidos para facilitar a entrada de brasileiros no país. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (7).

Com o nome de Global Entry, a iniciativa busca acelerar os procedimentos de entrada e saída de estrangeiros autorizados no país. Com o acordo, brasileiros não precisarão passar por filas de imigração nos aeroportos que dispõem de quiosques de atendimento automático, eliminando a necessidade de contato com agentes de imigração.

Fruto de negociações iniciadas em 2013, a adesão brasileira à iniciativa estadunidense foi formalizada em novembro de 2019, alguns meses após viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos.

Como aderir

Na terceira e última fase de implementação do programa, a inscrição no Global Entry fica disponível a todo cidadão brasileiro interessado em simplificar a passagem pelo controle de passaporte nos EUA.

Para aderir ao programa, é preciso pagar taxa de US$ 100 (o equivalente a R$ 529 pelo câmbio atual) à autoridade de Proteção de Fronteiras e Alfândega do Departamento de Segurança Doméstica dos Estados Unidos (CBP), que coordena o programa.

No caso do acordo brasileiro, as inscrições no programa são analisadas pela Receita Federal e pela Polícia Federal, antes de serem avaliadas pelo CBP. Cabe ao órgão estadunidense a decisão sobre quem pode receber tratamento diferenciado no controle migratório.

A taxa é válida por cinco anos. Depois disso, ela precisará ser renovada. Também vale lembrar que o Global Entry não substitui a exigência de visto.

Os interessados devem se inscrever na plataforma do programa, disponível no site do CBP. Até as 16h de hoje, contudo, o Brasil ainda não constava da lista de países cujos cidadãos estão incluídos nos acordos binacionais.

Segundo a Casa Civil, a previsão era que a relação fosse atualizada nesta manhã, com a inclusão do Brasil. Consta, na própria plataforma, que a última atualização foi feita em dezembro de 2017.

Histórico

Conforme decreto assinado em março de 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, inicialmente, a iniciativa seria testada com até 20 brasileiros participantes do Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA.

Posteriormente, as inscrições seriam disponibilizadas para um número limitado de pessoas, para que o sistema informatizado desenvolvido pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) fosse testado e aprimorado.

Depois, viria a terceira e última fase, em vigor a partir de hoje.

Estreitando relações

Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que a medida estimulará negócios entre os dois países e intensificará a interação acadêmica e o turismo, estreitando as relações.

“Cidadãos de apenas 11 nações, além do Brasil, têm acesso a esse programa, o que confirma o respeito da comunidade internacional ao nosso país”, diz o ministro.

Com Agência Brasil

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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