Na noite de segunda-feira (30), o site do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) – principal forma de ingresso em universidades federais atualmente – foi alvo de hackers. Os infratores se aproveitaram de uma falha de segurança no sistema de troca de senha do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – utilizada também para o acesso ao Sisu – e inscreveram alunos que obtiveram notas altas em cursos aleatórios. O Ministério da Educação nega que tais falhas tenham ocorrido.
Uma estudante paraibana de 23 anos, que tirou nota máxima na redação e pretendia cursar Medicina, se deparou com seu nome selecionado para o curso de Produção de Cachaça, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) de Salinas. “Eu não consigo acreditar que fizeram essa ruindade comigo”, contou Tereza Gayoso em entrevista à Revista Época.
Outros estudantes também foram alvos dos hackers. Thales Voltolini, 21, contou ao UOL que muitas vezes teve dificuldades em acessar o Sisu e, quando conseguia, via outras opções de curso que não as que escolheu.
Manoela Carvalho, 22, também relatou ao site que sofreu com os infratores. Ela estava concorrendo às vagas de Ciências Biológicas e Química. Entretanto, quando foi verificar sua página do Sisu, se deparou concorrendo para Educação Física no Maranhão e para Biomedicina no Pará.
O Sisu
O Sistema de Seleção Unificada é uma plataforma online que permite que estudantes que prestaram o Enem inscrevam suas notas para cursos superiores e tecnológicos das universidades públicas participantes. Cada aluno tem direito a colocar duas opções de curso em qualquer universidade do Brasil. Dentre o número de vagas do curso, os estudantes que registrarem as maiores notas entre os concorrentes são selecionados.
