Alemão é velado em bar que frequentava com os amigos e vídeo viraliza: ‘Não queria tristeza’

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O idoso foi velado no do Bar Caverna, onde era frequentador assíduo ao lado dos amigos. A despedida teve direito a dj e cerveja gelada (Arquivo pessoal)

Um alemão de 66 anos que morava em Canoa Quebrada (CE) morreu na última terça-feira (12) por causa de um câncer no pulmão. Mas a despedida de Gerhard Totzauer, mais conhecido como Geraldo Alemão, não abriu espaço para a tristeza: o ilustre frequentador do Bar Caverna foi velado no estabelecimento ao lado dos amigos, com direito a DJ e cerveja gelada.

Ao BHAZ, um dos amigos do alemão e dono do Bar Caverna conta que Gerhard se mudou para o Brasil há 17 anos em busca de uma vida mais tranquila. Muito brincalhão, ele sempre dizia como queria ser velado quando morresse.

“Ele sempre pediu que, quando ele falecesse, que ele fosse velado no bar. Não queria tristeza, queria todo mundo alegre. Por isso chamamos o Dj do bar que foi quem fez a playlist. Ele já conhecia todas as músicas que o Geraldo gostava. Foi um dia bem diferente. Triste, porque perdemos ele”, disse Victor Barreto.

Segundo o dono do bar, Geraldo sempre promoveu a união dos estrangeiros que moram em Canoa Quebrada. Durante a pandemia, por exemplo, ele se mobilizou para conseguir cestas básicas aos moradores da cidade litorânea.

“A gente tem uma ong na cidade em que a gente ajudava as pessoas e ele foi um dos principais incentivadores. Ele pedia a italianos, dinamarqueses, suecos, holandeses, para mandarem dinheiro para a gente. Nós fazíamos as compras no mercado e distribuímos 4 mil cestas básicas. Também dávamos todos os dias 300 refeições na porta do bar”, relembrou.

Festeiro que só ele, Gerhard não perdia uma farra ao lado dos amigos. “Aqui tem uma festa a fantasia tradicional, ele sempre fez parte dela. A gente sempre ia juntos há mais de 15 anos. A gente juntava esses gringos um de cada canto do mundo e fazia uma fantasia sempre em grupo e era um sucesso”, disse o amigo.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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