Influenciador evangélico é preso suspeito de estuprar fiéis: ‘Cometi alguns pecados’

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O influencer evangélico Victor Bonato foi preso suspeito de estuprar três jovens do grupo criado por ele na Grande São Paulo (Reprodução/Redes sociais)

O influencer evangélico Victor Bonato foi preso por suspeita de estuprar três jovens que frequentavam um grupo de jovens criado por ele em Barueri, na Grande São Paulo. As vítimas, de 19, 20 e 24 anos, alegam que ele usava a influência para obrigá-las a ter relações sexuais com ele. As informações são do Metrópoles.

Há duas semanas, Victor postou um vídeo no Instagram, onde soma quase 150 mil seguidores, para dizer que “caiu na imoralidade” e que estava se retirando da liderança do Galpão, grupo de jovens comandado por ele, para “se curar”.

“Nos últimos meses eu cometi alguns pecado, eu caí em imoralidade, iniquidade, eu fui contrário a tudo que eu prego e eu desagradei o coração de Deus. Falhei com Deus, com a minha família, com aqueles que confiam em mim”, declarou.

A Justiça de São Paulo decretou a prisão de Victor Bonato em 20 de setembro e foi cumprida pela Polícia Civil no mesmo dia. Às autoridades, as três vítimas se disseram frequentadoras do Galpão e que acabaram virando amigas do influencer “a ponto de frequentar a casa dele”.

Elas contam, porém, que ele passou a abordá-las “com intuito sexual”. As vítimas relataram, ainda, que “foram agredidas durante o ato sexual e obrigadas, mediante força, a fazer sexo oral no suspeito”.

“Todas as três vítimas disseram que foram persuadidas a aceitar ato libidinoso ou conjunção carnal, inclusive pela influência exercida pelo suspeito em razão de sua autoridade religiosa como um dos líderes do grupo e pela agressividade dele”, completa o juiz, na decisão.

O que diz a defesa?

O BHAZ procurou a advogada Samara Batista Santos, que defende o influencer. Em nota, ela informou que não pode fornecer detalhes sobre o caso, que está em sigilo.

Segundo ela, contudo, Victor “nega veementemente as alegações contra ele”. “Informo ainda que o investigado emitiu um pedido de perdão perante as partes envolvidas, em suas redes sociais, referente ao seu comportamento considerado pecaminoso”, diz, em nota

“Reitero que respeitamos plenamente a seriedade das alegações em questão e reconhecemos a importância de proteger os direitos de todas as partes envolvidas no caso”, conclui.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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