O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) determinou o bloqueio imediato de novos referentes a empréstimos consignados nos benefícios de aposentados e pensionistas. A medida cautelar foi assinada pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e publicada no Diário Oficial da União nessa quinta-feira (7).
A medida foi tomada após a Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), identificar cobranças indevidas feitas sem a autorização dos beneficiários. As investigações apontam que as irregularidades começaram em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro, e prosseguiram até 2024. Estima-se que o esquema tenha desviado cerca de R$ 6,3 bilhões.
Com o bloqueio, nenhum novo desconto poderá ser aplicado sem autorização expressa do segurado. O INSS determinou que valores já lançados na folha sejam imediatamente retirados, independentemente da data em que o benefício foi concedido.
Após fraude no INSS, Lupi pede demissão do Ministério da Previdência
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, acertou sua saída do cargo, na última sexta-feira (2), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Em seu lugar, o Palácio do Planalto anunciou ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta. O agora ex-ministro, que é presidente nacional do PDT, anunciou
“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu Lupi.

