Jogador de vôlei de praia sofre ataques homofóbicos e exibe mensagens na volta ao Brasil

jogador vinicius freitas
Vinicius começou a jogar vôlei aos 12 anos (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)

O jogador de vôlei de praia Vinícius Freitas revelou, nessa quinta-feira (5), que vem sofrendo com ataques homofóbicos por meio das redes sociais. O atleta de 26 anos participou das Olimpíadas de Tóquio como auxiliar de treinamento das duplas Alisson e Álvaro e Bruno Schmitd e Evandro, que já foram eliminadas dos Jogos. De sua casa em Vitória, no Espírito Santo, o jovem agradeceu ao apoio de várias pessoas, mas também exibiu mensagens preconceituosas que recebeu no privado e publicamente. É sempre importante lembrar que homofobia é crime.

“Eu vou colocar aqui alguns ‘prints’ que eu tirei de comentários, de mensagens que eu recebi, só pra vocês terem um pouco de noção de como as pessoas, essa sociedade estão doentes”, disse o atleta, em rede social. As fotos mostravam vários ataques, recebidos via mensagem privada ou publicamente, nos comentários das postagens do jogador. “Cara esse mundo precisa acabar mesmo, livrai Senhor desse mal”, disse um internauta.

“Que lindo! Fim dos tempos”, disse outro. “É realmente é o fim dos tempos”, escreveu mais um. “Os pais não aceitam esse tipo de pecado nem Deus”, “cuidado com o inferno”, “faltando homens na praça e os que tem são gays”, disseram mais pessoas. Até mesmo pais, com filhos LGBTQIA+, publicaram comentários preconceituosos. “Isso é a nova geração, moça. A minha filha também se transformou nisso aí, é obrigado a aceitar”, escreveu um usuário.

Vinicius namora o médico Rafael Helmer (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)

O atleta ainda lembrou de casos recentes de LGBTfobia no país. “O menino Lucas, que tirou a própria vida, um menino de 16 anos. As pessoas foram lá na conta do TikTok dele por um vídeo que ele postou, começaram a falar coisas horríveis de cunho homofóbico, preconceituoso. E a internet tá cheia disso. E não falar só dele, um caso recente agora, da Ariadna Arantes, ela também sofreu bastante ataque transfóbico, acho que não só agora, constantemente ela deve sofrer, as pessoas trans devem sofrer bastante esses ataques, um discurso de ódio de graça”, disse.

No final da série de vídeos, o capixaba tranquilizou os fãs. “Galera eu tô bem! Essas mensagens ruins não chegam perto do tanto de mensagem boa que recebi. Fique tranquilos”, finalizou.

Comentários na web (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)
Comentários na web (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)
Comentários na web (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)
Comentários na web (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)
Comentários na web (Reprodução/@vinicius__freitas/Instagram)

É crime!

Vale reforçar que homofobia e transfobia são crimes previstos por lei. Eles entram na lei do racismo, já existente há 30 anos e, com isso, as punições são semelhantes. O STF (Supremo Tribunal Federal) criminalizou a homofobia em junho de 2019.

Veja o que é considerado crime:

  • “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
  • a pena será de um a três anos, além de multa;
  • se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
  • a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.
Edição: Vitor Fernandes

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