Após reajuste e pressão, José Mauro Coelho pede demissão do cargo de presidente da Petrobras

Presidente da Petrobras
Ele também renunciou ao cargo de conselheiro (Valter Campanato/Agência Brasil)

Depois de um novo reajuste nos preços dos combustíveis e de uma pressão do poder Executivo, José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da Petrobras, na manhã desta segunda-feira (20). Ele também renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.

“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, diz o comunicado divulgado hoje pela Petrobras. Coelho foi o terceiro presidente a comandar a empresa durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

No dia 23 de maio, o Ministério de Minas e Energia havia informado que o governo federal, como acionista controlador da Petrobras, tinha decidido pela troca do presidente da estatal. À época, o governo anunciou que José Mauro Coelho, que assumiu o cargo no dia 14 de abril, seria substituído por Caio Mário Paes de Andrade.

Pressão

A Petrobras começou a sofrer mais pressão, tanto externa quanto do governo federal, depois de anunciar mais aumentos nos preços dos combustíveis. A partir do último sábado (18), já estão em vigor os reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel.

O presidente Jair Bolsonaro, cujo governo foi o responsável por indicar José Mauro Coelho ao cargo de presidente da estatal, defendeu na última sexta-feira (17) a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Petrobras e seus integrantes.

“Queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque não é possível se conceder um reajuste com o combustível lá em cima e com os lucros exorbitantes”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio 96 FM de Natal.

O presidente disse que seus aliados pediriam a instauração da CPI já nesta segunda-feira. “Conversei ontem com o líder da Câmara para a gente abrir uma CPI segunda-feira. Vamos para dentro da Petrobras. É inadmissível, com uma crise mundial, a Petrobras se gabar dos lucros que tem”, completou.

Edição: Vitor Fernandes
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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