Jovem liga para a PM e finge pedir hambúrguer para escapar de estupro

finge pedir hambúrguer PM
Jovem ligou para a PM e pediu hambúrguer, mas queria ajuda (IMAGEM ILUSTRATIVA/Envato)

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o caso de uma jovem de 19 anos que ligou para a PM fingindo pedir um hambúrguer em busca de socorro. Ela fez o contato com a corporação na segunda-feira (18) e contou que estava em cárcere privado, além de ter sofrido violência sexual.

Na ligação para a Polícia Militar, a jovem insistiu em perguntar se o contato era de uma hamburgueria. O policial em questão não demorou para perceber que a ligação era, na verdade, um pedido de ajuda. Ele então anotou o endereço e enviou uma guarnição ao local. Ouça a ligação:

Policiais militares foram até o endereço da ocorrência, na cidade de Samambaia, cerca de 25 quilomêtros de Brasília, e prenderam o homem em flagrante. Ele tem 32 anos e cumpria prisão domiciliar. A jovem foi levada para uma unidade de saúde, onde passou por exames. Agora, o caso é investigado pela Polícia Civil.

Não é a primeira vez

O caso de pedido de ajuda, disfarçado de compra de um lanche, foi o segundo registrado no Distrito Federal em menos de um mês. No fim de setembro, uma mulher que era ameaçada pelo marido com uma faca fez o mesmo. Ela fingiu pedir uma pizza, enquanto falava com a PM, e o homem foi preso. Nos dois casos, os policiais perceberam os pedidos de socorro.

O chefe do Centro de Comunicação da Polícia Militar do DF, coronel Edvã, explicou à Rádioagência Nacional que os PMs passam por treinamento para reconhecer essas solicitações de ajuda. Ele disse que um atendimento como esse é feito em diversas etapas. O policial que atende a ligação passa a ocorrência para um agente que está na mesa de controle, e é ele quem aciona os profissionais que vão prestar o socorro.

“Você pode até ter um policial com perspicácia no atendimento, mas se você não tiver um policial também qualificado para entender aquela ocorrência e passar para a viatura, também dá problema”, conta Edvá.

O coronel, no entanto, alertou que em situações de risco é preciso cautela na hora de pedir ajuda: “[a vítima deve ficar] avaliando cada momento, vendo se dá pra poder agir, se dá pra mandar um recado, por um papel, pra qualquer pessoa que seja”, disse.

“O que é importante dizer é que a pessoa não deve reagir. Se ela foi tomada por um assalto, por um roubo, por um furto, se ela está numa situação de desvantagem e, principalmente, que a vida dela esteja em risco, ela não pode reagir.”

O telefone da Polícia Militar em todo o Brasil é o 190.

Com Agência Brasil

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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