Jovem grava vídeo no TikTok, facção vê imagens e a mata a tiros; quatro foram presos

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O gesto feito por Ellen Nascimento Silva com as mãos foi interpretado pelos criminosos como referência a uma facção rival (Reprodução/Redes sociais + Banco de imagens/Unsplash)

A morte de uma jovem de 21 anos chocou os moradores de uma cidade do interior do Mato Grosso na última semana e demandou mais de 100 horas de investigações das autoridades locais. Segundo a Polícia Civil do estado, a garota foi assassinada por um grupo de traficantes após gravar um vídeo para o TikTok em que fazia um sinal com as mãos, interpretado pelos criminosos como referência a uma facção rival.

Ellen Nascimento Silva desapareceu na noite do dia 19 abril e não deu mais notícias para a família. Preocupada, a mãe da jovem procurou a delegacia para registrar o sumiço da filha.

De acordo com as investigações, a vítima foi atraída até uma casa no município de Brasnorte por um homem. No local, ela foi morta com quatro disparos de arma de fogo. Ainda de acordo com as autoridades, ela fez o gesto com as mãos sem intenção de associá-lo ao sinal da facção rival.

Em seguida, a jovem foi encontrada morta, com as mãos amarradas, em meio a uma plantação na zona rural da cidade. Quatro pessoas, sendo três da mesma família, foram presas em flagrante por posse ilegal de munição, tráfico e associação para o tráfico de drogas, e um deles por integrar organização criminosa.

Um dos criminosos era próximo de Ellen

Segundo o delegado Eric Márcio Fantin, que esteve à frente das investigações, a apuração do caso demandou mais de 100 horas ininterruptas de trabalho. Os envolvidos identificados responderão pelo homicídio e também por integrar organização criminosa.

Entre os presos estão a mãe e dois filhos, autuados em flagrante pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico. Um dos presos, segundo a polícia, teria um envolvimento afetivo com Ellen Nascimento. Ainda segundo o delegado, as investigações continuam em andamento.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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