O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), concedeu entrevista à Veja e fez declarações fortes a respeito de diferentes assuntos. Ele discordou de uma fala do presidente Bolsonaro (sem partido), a respeito de o Brasil estar “quebrado” e falou do apoio a Rodrigo Pacheco (DEM) para a presidência do Senado. Além disso, Kalil respondeu sobre o que pensa quando o tema é tornar-se governador de Minas Gerais futuramente.
“A gente sabe o que é um país quebrado e o Brasil não está quebrado. Foi uma expressão, uma linguagem de quando você vai tomar uma cerveja com o amigo e fala ‘paga aí, que eu estou quebrado’”, disse Kalil sobre a fala do presidente (relembre aqui). “Você está sem dinheiro para pagar aquela cerveja naquela hora. Então eu não acho que o Brasil está quebrado, nem o presidente acha, nem o Paulo Guedes acha [Ministro da Economia], eu tenho certeza disso e o Brasil definitivamente não está quebrado”, declarou.
Apoio a Rodrigo Pacheco
Durante a entrevista ao jornalista Matheus Leitão, Kalil também comentou sobre o apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado. Segundo o prefeito de BH, há muito tempo Minas Gerais não tem um cargo tão importante. Ele também mencionou que a última vez foi de 1964 a 1985, com Magalhães Pinto. De acordo com Kalil, esse é um motivo para não ficar contra Pacheco.
“Acho até que não se deve ter nem o afastamento total e a briga e o abraço, ou beijo natural. Acho que o parlamento, principalmente o Senado Federal, tem a obrigação com o país. Então também o cara não deve ficar colocando pauta bomba”, disse Kalil. “O país tem que parar com isso, o país tem que ter a liturgia do cargo, o presidente do Senado é o segundo cargo mais importante e ele não tem também, se eleito, seja quem for, o menor motivo para agachar para ninguém”, acrescentou.
Kalil governador?
Questionado sobre o motivo de ainda não pensar em se candidatar ao cargo de governador de Minas Gerais, o prefeito demonstrou foco em BH. “Qualquer prefeito de Belo Horizonte é candidato natural do governo de Minas. Agora se você botar a bunda na cadeira pensando em outra, você vai fazer duas merd** (risos). É simples assim. Tem que focar no trabalho, tem muita coisa para fazer aqui ainda”, disse.
Veja a entrevista na íntegra aqui.