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Ex-chefe de banco mineiro, preso por torturar e estuprar turista no Rio, já foi denunciado em BH

19/04/2024 às 09h08 - Atualizado em 19/04/2024 às 12h20
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Lucas José Dib, ex-chefe do BDMG, foi preso nessa quinta-feira suspeito de estuprar e manter em cárcere privado uma mulher em um apartamento (Reprodução/Redes sociais)

Um homem de 34 anos foi preso no Rio de Janeiro, suspeito de estuprar e manter em cárcere privado uma mulher em um apartamento em Botafogo. Lucas José Dib teria torturado a vítima por mais de 24 horas.

Segundo a Polícia Civil, a mulher de 31 anos é de São Paulo e passava as férias na capital carioca. A denúncia foi feita na delegacia, pela vítima, que relatou ter sido proibida de sair da casa do suspeito, na Zona Sul da cidade, por mais de um dia, enquanto era violentada sexualmente.

De acordo com as investigações, a mulher conheceu o acusado por meio de um aplicativo de relacionamento, no início de abril. Eles conversaram por um tempo, até marcarem de ir a um bar no Rio. Depois, ele convidou a vítima para subir até o apartamento em Botafogo.

Segundo o relato da vítima, Lucas estava tranquilo quando entraram no imóvel. Ao chegarem, ele ligou uma música alta em um equipamento de DJ. Conforme a mulher, o homem mudou de comportamento repentinamente e passou a expôr um lado sádico, dizendo frases como “agora você não sai daqui, vai apanhar muito”.

Para manter a vítima acordada, Lucas teria a obrigado a ingerir drogas. Além da violência sexual, ele bateu no rosto dela e chegou a usar um cinto para enforcá-la.

A mulher conseguiu sair após a chegada de um amigo, que, após o sumiço dela, encontrou a vítima pela localização do celular. Os dois fugiram do local, e o amigo a levou até um hospital.

Na casa do suspeito, foram apreendidos objetos sexuais, além de um aparelho de DJ, que, segundo os depoimentos, era usado para tocar música alta, evitando que os pedidos de socorro da vítima fossem ouvidos.

Lucas Dib foi chefe de banco mineiro e já havia sido denunciado em BH

Lucas Dib trabalhou no BDMG de abril de 2019 a janeiro de 2022. Ele era chefe de gabinete do presidente do Banco, Sérgio Gusmão.

O homem já havia sido denunciado pela ex-namorada dele, em 2022, em Belo Horizonte. Na ocasião, a mulher diz ter sido mantida em cárcere e também relatou agressões.

Ao BHAZ, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) disse que foi instaurado inquérito e que há uma investigação em andamento apurando a prática dos crimes de violência psicológica/dano emocional e cárcere privado.

“A PCMG esclarece que na data da denúncia, em 2022, foi feito o requerimento de medida protetiva em favor da vítima”, informou a corporação.

A reportagem também procurou o BDMG para obter um posicionamento. O banco informou que não vai se pronunciar por se tratar de um ex-funcionário que não tem mais vínculo com a empresa.

Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.
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Larissa Reis

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Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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