O conselheiro da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou que mais de 100 brasileiros já pediram para se alistar no Exército ucraniano. Segundo ele, a Ucrânia recebeu cartas de brasileiros se voluntariando para lutar contra as ofensivas da Rússia ao lado das tropas ucranianas. O encarregado de negócios disse que não foi possível atender ao volume de demandas.
Segundo o Extra, Tkach disse que embora existam muitos pedidos de voluntários para se juntarem à liga estrangeira das forças armadas ucranianas, é preciso que os interessados tenham experiência com conflitos e falem pelo menos inglês. Quando questionado se existe uma idade mínima para se alistar na liga, o conselheiro disse: “Com 18 anos a pessoa ainda não tem experiência”.
Conselheiro opina sobre mensagem de Bolsonaro
O conselheiro também opinou sobre uma mensagem compartilhada por Jair Bolsonaro (PL) no WhatsApp, de acordo com o colunista do O Globo Lauro Jardim, em que o presidente diz que a Rússia é o único país capaz de “enfrentar a NOM (Nova Ordem Mundial)”.
“O principal é como que o Brasil demonstra a sua posição na arena mundial. E a posição agora são três votos, dois no Conselho de Segurança [da ONU] e uma na Assembleia Geral, a favor das resoluções que condenam a agressão”, afirmou Anatoliy Tkach.
Vinda de ucranianos para o Brasil
O encarregado de negócios ucraniano também apontou que está aguardando uma portaria de Bolsonaro para trazer ucranianos que querem vir para o Brasil. Conforme dito por Tkach, o números de pessoas da Ucrânia que desejam vir não é grande.
“Não é grande [o número de ucranianos que querem vir para o Brasil]. Até agora são os familiares dos ucranianos que já estão aqui. Até agora não tem previsão. Só sabemos que existem consultas de como é possível trazê-los para cá”, pontuou.
Nessa segunda-feira (28), Jair Bolsonaro participou do programa da Jovem Pan “Pingo nos Is” e disse que o Brasil irá conceder vistos humanitários para cidadãos ucranianos. “Conversei há pouco com o [ministro das Relações Exteriores] Carlos França. Ele falou que já ia tomar as providências”.
Relações comerciais
Anatoliy Tkach também defendeu que empresas brasileiras cortem relações comerciais com a Rússia. “Esperamos que as empresas cortem os laços comercias com as empresas russas. Isso já está acontecendo”, afirmou o conselheiro ao citar a Embraer, fabricante de aviões que aderiu às sanções econômicas impostas ao país russo.