Médico abandonava pacientes em hospitais públicos para liderar contrabando

Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (12) a Operação Pleura para desarticular uma grande organização criminosa, baseada no extremo Noroeste paranaense, que utilizava uma nova rota fluvial para escoamento de cigarros contrabandeados.

Cerca de 100 policiais federais estão cumprindo 38 mandados judiciais: 21 mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão, nos estados do Paraná (Loanda, Querência do Norte e Capanema), São Paulo (Tupã) e Mato Grosso do Sul (Naviraí).

As investigações iniciadas neste ano detectaram o uso intenso e diário dos Rios Paraná e Ivaí, na região de Querência do Norte/PR, para escoamento de cargas contrabandeadas de cigarros paraguaios, em potentes embarcações que saíam de Salto del Guairá, no Paraguai.

O poderio da organização gerou a criação de uma extensa rede de olheiros, carregadores e batedores que utilizavam armas e lanchas de apoio para viabilizar a atividade criminosa em diversas cidades da região.

Durante as apurações, constatou-se que dois irmãos residentes em Loanda/PR, um médico e um advogado, eram líderes do esquema criminoso. Além deles, uma família baseada na região também atuava intensamente na atividade ilícita, com diversos integrantes do grupo vinculados aos atos delitivos.

De acordo com a PF, o médico chegou a abandonar plantões nos hospitais públicos das cidades de Santa Isabel do Ivaí e Santa Cruz de Monte Castelo onde trabalhava, no noroeste do Paraná, para coordenar o contrabando nos rios Paraná e Ivaí.

A atuação criminosa levou à necessidade de a Polícia Federal criar um grupo especial em Maringá/PR, cujo combate ao crime organizado na região, colocou a unidade nos primeiros lugares de produtividade no País.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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