A era dos Enzos e Valentinas parece ter chegado ao fim. Nomes curtos, bíblicos ou estrangeiros, cada vez mais adotados por influenciadores digitais para registrar os filhos, reinam na lista dos mais usados em 2023.
Neste ano, Miguel foi o nome preferido, com 25.140 registros, seguido por Helena, que retoma o segundo lugar, com 23.047 nascimentos.
Além deles, nomes como Gael, Davi, Ravi, Noah e Isaac entre os homens, e Maite, Liz, Aurora, Isis, Maya e Eloá, entre as mulheres, tem crescido e já figuram na lista dos 30 mais escolhidos no Brasil.
O ranking foi elaborado a partir de dados fornecidos pelos cartórios brasileiros que integram o Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Confira abaixo os nomes que ficaram em alta neste ano:
Dez nomes mais registrados em 2023 no Brasil
- Miguel – 25.216 registros
- Helena – 23.132 registros
- Gael – 22.478 registros
- Theo – 19.864 registros
- Arthur – 19.838 registros
- Heitor – 19.744 registros
- Maria Alice – 19.270 registros
- Alice – 17.605 registros
- Davi – 17.067 registros
- Laura – 16.823 registros
Dez nomes masculinos mais registrados no Brasil em 2023
- Miguel – 25.216 registros
- Gael – 22.478 registros
- Theo – 19.864 registros
- Arthur – 19.838 registros
- Heitor – 19.744 registros
- Davi – 17.067 registros
- Ravi – 16.369 registros
- Samuel – 15.415 registros
- Bernardo – 15.402 registros
- Noah – 14.673 registros
Dez nomes femininos mais registrados no Brasil em 2023
- Helena – 23.132 registros
- Maria Alice – 19.270 registros
- Alice – 17.605 registros
- Laura – 16.823 registros
- Cecília – 15.072 registros
- Maria Cecília – 14.186 registros
- Maite – 13.756 registros
- Heloísa – 10.297 registros
- Maria Clara – 10.127 registros
- Antonella – 10.013 registros
Mudança de nome
Uma Lei Federal sancionada em 2022 passou a permitir que qualquer pessoa maior de 18 anos altere seu nome em cartório, independentemente do motivo e sem a necessidade de procedimento judicial. A nova legislação também possibilitou que pais de bebês, em consenso, possam alterar o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro de nascimento.
Passado um ano da permissão, os Cartórios de Registro Civil do Brasil registraram um total de 10.314 mudanças de nome sem a necessidade de processo judicial e independentemente de prazo, motivação, gênero, juízo de valor ou de conveniência.
“Com este novo movimento de desjudicialização, muitos procedimentos simples, que antes necessitavam ir ao Poder Judiciário, agora podem ser realizados diretamente em Cartórios de Registro Civil, facilitando a vida do usuário e descongestionando a Justiça”, explica o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.
“O caso da alteração de nomes e sobrenomes é emblemático, pois já é possível ver que pessoas que antes não gostavam de seu nome ou sofriam algum tipo de constrangimento estão se beneficiando claramente desta inovação”, completa.