Militares venezuelanos usam fuzil para roubar na fronteira

Arquivo/EBC

Reportagem da Folha de S. Paulo divulgada nesta segunda-feira (25) relata o drama vivido por quem precisa circular pela fronteira terrestre entre o Brasil e a Venezuela. A região foi fechada na quinta-feira (21) por determinação do presidente Nicólas Maduro, que acredita existir uma campanha para desestabilizar o governo comandado por ele.

“Tomei todas as medidas de segurança e proteção de nosso povo. Todas as medidas até novo aviso. Porque as provocações nós temos de trabalhá-las com tempo para desmontá-las”, disse o presidente ao anunciar o fechamento na última semana.

A decisão surgiu dois dias depois que o líder da oposição e presidente interino Juan Guaidó anunciou planejar a chegada de ajuda humanitária dos Estados Unidos ao país. Para Maduro, no entanto, a ideia seria um pretexto para uma intervenção militar norte-americana na Venezuela.

Com o fechamento da fronteira, as trilhas entre Brasil e Venezuela transformaram-se em palco de violência e medo. Militares daquele país têm usado armas como fuzis para assaltar transeuntes, inclusive do lado brasileiro. A Folha encontrou um casal que tentava chegar Puerto Ordaz. a quase 700 km da fronteira, para levar medicamentos e alimentos para a mãe da mulher, que tem câncer no cérebro. O homem, brasileiro, e a mulher, venezuelana, ficaram sob a mira de um fuzil. Aterrorizada, a venezuelana não conseguia sequer conversar.

Nesse domingo (24), um novo conflito foi registrado em Pacaraima (RR), na fronteira entre Brasil e Venezuela. Imagens transmitidas pela televisão mostraram manifestantes chamando a atenção e atirando pedras em direção às forças militares venezuelanas, dispostas em fila e fazendo uma barreira na pista ao lado de um tanque. 

Os militares venezuelanos reagiram atirando bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes, em direção ao lado brasileiro da fronteira.

Pelas imagens, apenas um militar brasileiro entra no meio do conflito fazendo gestos para que os ataques terminem.

No sábado (23), dois venezuelanos morreram em confrontos em uma área perto da fronteira da Venezuela com o Brasil. Também foi registrado confronto na fronteira entre Venezuela e Colômbia. Ainda no sábado, dois caminhões com ajuda humanitária entraram em território venezuelano, segundo o governo brasileiro.  

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