Ministério Público investiga caso de criança mantida em ‘gaiola’ em creche de Sorocaba

criança mantida gaiola
Escola informou Conselho Tutelar de que não havia professores no período da tarde (Reprodução/Redes sociais)

O Ministério Público de São Paulo anunciou, nessa quarta-feira (5), que investiga a ausência de coordenadores pedagógicos e professores em tempo integral em creches de Sorocaba, no interior do estado. O inquérito foi aberto após uma criança ficar mantida em uma “gaiola” dentro de um instituto no Jardim Santa Rosália.

O caso veio à tona depois que uma vizinha testemunhou a criança amarrada em uma espécie de cercado e acionou o Conselho Tutelar. Em vídeo que circulou nas redes sociais, é possível ver a vítima chorando e pedindo pela mãe. Momentos depois, uma mulher o solta.

No local, o órgão viu que não havia profissionais da direção escolar e da coordenação. A escola informou a conselheira de que só havia educadores no período vespertino. Assim, auxiliares de educação cuidam dos alunos no restante do tempo.

‘Correção de comportamento’

Segundo a profissional contou ao órgão, a apuração indicou que se tratou de uma correção de comportamento. Naquele momento, “não havia professor, nem coordenador, nem diretor na unidade escolar, mas apenas auxiliares, que, evidentemente, tem função de auxiliar alguém, no caso o professor da classe, mas não de se responsabilizar pelo método educacional da turma”, disse.

Em 22 de junho, quando a mídia divulgou as agressões, o prefeito Rodrigo Manga publicou um vídeo no qual comentou a repercussão. Ele determinou o afastamento de uma servidora da instituição e o Conselho Tutelar continuou acompanhando o caso.

“Eu estou nesse exato momento determinando à Secretaria da Educação que remova essa servidora do local de trabalho dela imediatamente até que se conclua a apuração dos fatos. Pode ter certeza que estaremos acompanhando passo a passo o desenrolar desse caso”, disse ele.

Em nota enviada ao BHAZ, a Secretaria de Educação do Estado informou que o caso segue em investigação na Delegacia de Defesa da Mulher. “A autoridade policial ouve testemunhas e faz diligências para esclarecer o caso. Detalhes serão preservados por envolver menor de idade”, informou a pasta.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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