Caso Henry Borel: Monique Medeiros volta para a prisão

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A professora Monique Medeiros voltou para a prisão no início da manhã de hoje (6). Ela é acusada de participar da morte do filho, Henry Borel (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A professora Monique Medeiros voltou para a prisão no início da manhã desta quinta-feira (6). Ela é acusada de participação na morte do próprio filho, Henry Borel, junto com o então namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. O crime aconteceu em 8 de março de 2021.

A mulher foi presa na casa da mãe, em Bangu, na zona oeste da capital, por policiais da 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, Monique deve ser encaminhada ao presídio em Benfica, após fazer exames, para passar por audiência de custódia.

De lá deve voltar para o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, onde estava presa até ser liberada em decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha, em agosto do ano passado.

Defesa vai recorrer

O retorno de Monique à prisão foi determinado, na noite de ontem (5), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O ministro acatou o parecer do subprocurador da República Juliano Baiocchi, sugerindo a derrubada da liminar do ministro João Otávio de Noronha que determinou a soltura da acusada.

“Há elementos de comportamento da ré no curso da lide penal tendentes a turbar a instrução processual, pelo que de lei a preventiva da ré, devendo ser reformado o acórdão do STJ”, argumentou o subprocurador da República.

A defesa da professora informou que pretende recorrer da decisão. “A defesa informa que recebe a decisão do ministro com respeito, destaca que apresentará esclarecimentos, pois foi pautada em um descumprimento de medida cautelar inexistente”.

Os advogados ainda contestam a informação de que Monique teria feito uso ilegal das redes sociais. Ela está impedida pela Justiça de acessar os seus perfis e ainda de ameaçar testemunhas do caso.

“Monique não utilizou as redes sociais quando proibida, além de não ter ameaçado qualquer testemunha no momento da prisão domiciliar. Estes fatos já foram esclarecidos há tempos, tratando-se de fake news”, diz a defesa.

Relembre o crime

Henry Borel Medeiros, de 4 anos, foi assassinado no dia 8 de março de 2021, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O menino foi morto no apartamento onde morava a mãe dele, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador Jairo Souza Santos Júnior, mais conhecido como Dr. Jairinho.

Laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou, na época, 23 lesões graves no corpo do menino. Henry morreu de hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente.

O casal foi preso um mês depois do crime e indiciado pela Polícia Civil em 3 de maio de 2021. Em 6 de maio daquele ano, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou doutor Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha.

Já Monique foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.

Segundo a polícia, os dois atrapalhavam as investigações, intimidando testemunhas e combinando versões.

Com Agência Brasil

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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