VÍDEO: Motorista empurra carro que enguiçou na ponte Rio-Niterói por 6 horas

Motorista empurra carro enguiçado
Ao lado de alunos, motorista completou percurso de 30 km (Reprodução/@decjusto/TikTok)

Um motorista com bastante força de vontade viralizou nas redes sociais ao empurrar o carro enguiçado durante 6 horas, da ponte Rio-Niterói até Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Ao completar o percurso de cerca de 30 km, com a ajuda de dois alunos, o professor de muay thai Matheus Justo conseguiu deixar o veículo na oficina.

Mais conhecido como Dec Justo, o professor de 26 anos gravou uma sequência de vídeos para provar aos próprios amigos que ele realmente empurrou o carro por toda aquela distância. “Eu quero que um desgraçado fale que é mentira”, brinca ele no registro, que conta com mais de 20 mil visualizações no TikTok.

Ao jornal O Globo, Dec explicou que o caso se deu no dia 24 de fevereiro, quando ele voltava da casa da mãe em Saquarema. Ao cruzar a ponte Rio-Niterói, o carro enguiçou e chegou a ser resgatado pelo reboque da concessionária da via, mas só até a avenida Brasil, de onde ainda faltava muito caminho a ser percorrido até Belford Roxo.

Conforme a concessionária EcoPonte, o reboque faz a remoção do carro até um “ponto pré-definido mais próximo”, mas não tem permissão para levar o motorista até sua residência.

Aventura

De lá, Dec Justo tentou contratar um reboque para levar o carro até Belford Roxo, mas o serviço custava R$ 500. Ele ainda conta que um amigo se ofereceu para rebocar o veículo por volta das 23h, mas como ainda estava de manhã, ele buscou outra saída.

Dois alunos do professor de muay thai se ofereceram para pegar um ônibus, encontrar Dec na avenida Brasil e empurrar o carro enguiçado. “Eles mandaram mensagem: ‘Não temos carro, mas temos braço'”, conta o motorista ao jornal O Globo.

Por volta de 12h40, o professor e os alunos começaram a aventura e só chegaram à oficina depois das 19h. “A gente veio empurrando, mas na Dutra contamos com a ajuda de alguns motoqueiros, que se revezaram dando impulso no carro, que foi o momento que tivemos ajuda”, diz Dec Justo.

No vídeo, o motorista mostra o momento em que os motociclistas ajudaram na aventura. “Um total de uns 10 motoqueiros, 15, ajudaram a gente. Por isso que eu não gosto de motorista, eu só gosto de motoqueiro, porque motoqueiro é do bem”, brinca ele no registro.

Além do cansaço, o professor ainda teve que lidar com o asfalto quente do Rio de Janeiro: “Como o suor foi escorregando para o chinelo, a gente decidiu vir descalço. Perdi meio que uma camada do pé, passei pomada por uns quatro dias e melhorou, mesmo que ardesse”.

E mesmo depois do sucesso na empreitada, Dec ainda passou por uma nova dor de cabeça na última quinta-feira (10), quando bateram no carro dele. “Agora ele está na garagem. O seguro do cara que bateu no meu carro vai avaliar se tem conserto ou se deu PT, porque atingiu a coluna do carro”, desabafa.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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