O MPF (Ministério Público Federal) enviou ofício ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) solicitando informações sobre supostos crimes citados pela ex-ministra Damares Alves (PL).
Durante um culto em Goiânia, no sábado (8), ela afirmou que tem imagens de crianças brasileiras que tiveram os dentes arrancados para a prática de sexo oral.
‘Nós temos imagens’
Segundo ela, as crianças teriam sido traficadas da ilha de Marajó, no Pará, para fora do país. “Nós temos imagens de crianças nossas, brasileiras, com 4 anos, 3 anos, que quando cruzam as fronteiras, sequestradas, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral”, disse ela.
A ex-ministra, eleita senadora pelo Distrito Federal, também afirmou que essas crianças “comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.
Ainda segundo Damares Alves, o número de estupros de recém-nascidos “explodiu” e, no MMFDH, há “imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas”. De acordo com ela, um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.
Damares, no entanto, não apresentou provas e não informou quais providências teriam sido tomadas para a investigação dos supostos crimes.
MPF pede esclarecimentos
Após a repercussão da fala dela, o MPF pediu informações sobre os supostos crimes à secretária executiva do MMFDH, Tatiana Barbosa de Alvarenga.
Membros do órgão no Pará pedem que ela apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
O MPF também pede que o MMFDH informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve denúncia ao Ministério Público ou à polícia.