Mulher arremessa objetos e agride cliente de padaria em ataque homofóbico

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Mulher agrediu cliente de padaria depois de proferir insultos homofóbicos e racistas (Reprodução/Twitter)

Uma padaria localizada no tradicional bairro da Pompéia, na Zona Oeste de São Paulo, tornou-se cenário de um ataque homofóbico na sexta-feira (21). Vídeos mostram uma mulher proferindo palavras ofensivas contra outro cliente do local. Ela ainda arremessa objetos contra a vítima.

Nas imagens, que viralizam pelas redes sociais, também é possível ver que em momento algum o cliente revida as agressões. O rapaz chega a levar vários tapas no rosto. Enquanto isso, testemunhas estimularam ele a não fazer nada contra a agressora, já que filmavam toda a situação.

Enquanto um funcionário tenta resolver a confusão, a mulher cita mais falas homofóbicas: “Eu não estou falando p**** nenhuma. Isso aqui é uma padaria gay?”. Ela também foi acusada de declarações transfóbicas e racistas pelos envolvidos.

Nota de repúdio

Pelo Instagram, a padaria Dona Deôla disse repudiar e lamentar o ato. Além disso, se colocou à disposição da vítima para o desenrolar do caso. Ao UOL, o estabelecimento ainda informou que um gerente chamou a polícia enquanto as agressões ocorriam. A PM encaminhou os envolvidos à delegacia, onde boletins de ocorrência foram registrados.

Padaria se manifestou contra o ato homofóbico
(Reprodução/Instagram)

O país que mais mata LGBTQIA+

O Brasil é o país onde mais se assassina homossexuais no mundo. Relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia revelou que 329 LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia, em 2019.

Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a uma morte a cada 26 horas. A pesquisa também indica uma redução de 26%, se comparado com o ano anterior. Em 2017 foram 445 mortes e em 2018, 420.

Também no ano passado, um ator, de 23 anos, foi agredido por homofobia enquanto estava em um ônibus na cidade de São Paulo. O suspeito das agressões é o motorista do coletivo que se irritou pelo fato de Marcello Santanna ter dado um selinho em outro garoto.

Pelas redes sociais, Marcello contou que recebia os cuidados do companheiro – pois seu nariz estava sangrando, e que, na sequência deu alguns selinhos nele. Irritado, o motorista parou o veículo e, gritando, pediu para os dois saírem do ônibus, conforme o relato do ator. “Me recusei, disse que tinha pago e perguntei qual seria o motivo pra gente sair”, contou.

Edição: Roberth Costa
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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