PF apura se organização criminosa atua para impedir apuração do crime de Marielle Franco e Anderson Gomes

Diretor-geral da PF, Rogério Galloro, reuniu equipe às pressas para apurar informações a partir de documento da Polícia Civil (Marcelo Camargo/Agência Brasil+ Agência Brasil/Divulgação)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Rogério Galloro, confirmou, nesta sexta-feira (21), que uma equipe do órgão apura a suspeita de que uma organização criminosa estaria atuando para impedir que a Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareça o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes. Os agentes já receberam parte do material que os investigadores fluminenses reuniram ao tentar identificar os mandantes e os executores do crime.

Segundo Galloro, a Polícia Civil entregou, há cerca de uma semana, o material que a Polícia Federal solicitou no fim de novembro. “Isso demorou um pouco. Tive que montar uma equipe às pressas, pegando policiais federais de alguns estados. Uma equipe fica aqui em Brasília, ajudando na análise de dados, e outra no Rio de Janeiro”, disse o diretor-geral ao explicar a divisão da equipe.

Galloro disse que, mesmo se dedicando exclusivamente ao caso, os agentes federais levarão algum tempo para analisar as informações reunidas pela Polícia Civil ao longo dos últimos nove meses. “São provas, indícios e depoimentos que a Polícia Civil coletou. É um volume [de informação] muito grande que temos que analisar para ver se se encaixa no objeto da nossa investigação, que não é o homicídio”, acrescentou Galloro, reforçando que a PF só apura a possível obstrução às investigações.

A PF instaurou o inquérito para apurar supostos entraves à elucidação do crime no começo de novembro, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge – que, na mesma ocasião, pediu também que a PF dê proteção às famílias de testemunhas.

Aliança satânica

Galloro falou sobre o andamento das investigações na manhã desta sexta-feira (21), em Brasília, durante a apresentação do balanço de ações do Ministério da Segurança Pública desde a criação, no fim de fevereiro. Presente ao evento, o ministro Raul Jungmann também comentou as investigações sobre o assassinato de Marielle e de Gomes, em 14 de março deste ano.

Da Agência Brasil

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