Piso salarial da enfermagem: Ministros do STF formam maioria e mantêm suspensão

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Com o voto do ministro Gilmar Mendes, o STF formou maioria pela permanência da suspensão do piso salarial da enfermagem (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Com o voto do ministro Gilmar Mendes, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria pela permanência da suspensão do piso salarial da enfermagem. O julgamento virtual começou na última sexta-feira (9) e será finalizado amanhã (16). 

No dia 4 de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso atendeu pedido de liminar feito pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços) e concedeu prazo de 60 dias para que fossem apresentadas soluções para garantir o pagamento. 

Após a decisão, caso foi levado à votação. Além de Barroso, os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux votaram para manter a suspensão. 

Já os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin foram a favor da derrubada da liminar. Ainda falta o voto da presidente, Rosa Weber. 

Por que suspender o piso salarial da enfermagem?

O texto da lei 2564/20 foi aprovado pelo Congresso Nacional em julho e sancionado um mês depois pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta instituía o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

Na semana passada, Barroso afirmou que a decisão pela suspensão foi tomada porque é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial. O ministro disse que é favor do piso salarial da enfermagem, mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da lei. 

Segundo o ministro, hospitais particulares estavam realizando demissões por antecipação. Além disso, obras sociais, santas casas e prefeituras relataram que não têm recursos para fazer o pagamento do piso. 

Com Agência Brasil

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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