O professor de uma escola pública em Santo André (SP) foi flagrado vestido com roupas que remetem à organização terrorista Ku Klux Klan. Um dos alunos gravou o educador no meio do pátio usando a caracterização, e o vídeo circulou nas redes sociais nessa segunda-feira (20). O deputado estadual de São Paulo, Carlos Giannazi (PSOL), afirmou que acionará a Diretoria de Ensino.
Com a repercussão do vídeo nas redes sociais, um internauta compartilhou dizendo ser de sua antiga escola, e que aquilo fazia parte da “semana temática”. O usuário disse: “Minha antiga escola virou uma piada. Esse vídeo, meus amigos, é de um professor ‘fantasiado’ de Ku Klux Klan durante a semana temática da escola”.
Minha antiga escola virou uma piada. Esse vídeo, meus amigos, é de um professor “fantasiado” de Ku Klux Klan durante a semana temática da escola. pic.twitter.com/Nlnjsc61l6
— 渡嘉敷 (@oliihik) December 15, 2021
O que é Ku Klux Klan
Segundo o Mundo Educação, a Ku Klux Klan é uma organização estadunidense marcada pelo supremacismo branco, que promove ataques terroristas contra pessoas negras. Uma das formas de identificação do grupo era a vestimenta composta de um lençol branco no corpo e um capuz branco sob o rosto, mesma roupa usada pelo professor.
Essa caracterização tinha como objetivo assustar os negros libertos da escravidão nos Estados Unidos, e esconder a identidade dos membros da Ku Klux Klan. Ainda hoje existem células da organização, que são acompanhadas por algumas entidades dos Estados Unidos.
Deputado aciona Secretaria de Educação
O deputado estadual Carlos Giannazi compartilhou o vídeo em suas redes sociais, e disse se tratar de um professor da Escola Estadual Amaral Vagner. O político disse que tomou providências em relação ao caso, e repudiou a “cena racista e deplorável”.
“Inaceitável! O deputado Carlos Giannazi já tomou providências e acionará a Seduc e a Diretoria de Ensino de Santo André, contra essa cena racista e deplorável de um professor fantasiado com a roupa da Ku Klux Klan, dentro da EE Amaral Vagner. Racistas não passarão!”, escreveu o político.
O BHAZ tentou entrar em contato com a escola, mas não obteve respostas. Caso o centro educacional se manifeste, a matéria será atualizada.
Internautas comentam: ‘Inaceitável’
Muitos internautas demonstraram indignação com a cena ocorrida na escola, e até mesmo líderes políticos apontaram o racismo contido no acontecimento. “Inaceitável! O nosso estado não pode permitir que um professor de escola pública vá fantasiado com roupa do grupo supremacista Ku Klux Klan para a escola!”, comentou o vereador Wesley da Dialogue (Podemos).
“O ano é 2021 e tem um cara vestido de Ku Klux Klan, isso mesmo que vocês estão lendo e vendo. Isso foi em uma escola em Santo André. Suprassumo do fascismo com o movimento KKK: racista, antissemita e anticomunista”, disse a youtuber Dimitra Vulcana.
Outra usuária se manifestou: “Absurdo: Professor de História da Escola Estadual Amaral Vagner, localizada na cidade se Santos André, se sentiu à vontade para ir trabalhar vestido de Ku Klux Klan!”. Confira um pouco da repercussão:
INACEITÁVEL! 🚫
— Wesley da Dialogue (@wesleydialogue) December 20, 2021
O nosso estado não pode permitir que um professor de escola pública vá fantasiado com roupa do grupo supremacista Ku Klux Klan para a escola! O caso ocorreu na E.E Amaral Vagner.
Perdemos muito enquanto sociedade! 😓 pic.twitter.com/s65UbOSH2E
O ano é 2021 e tem um cara vestido de Ku Klux Klan, isso mesmo que vocês estão lendo e vendo. Isso foi em uma escola em Santo André.
— Dimitra Vulcana – Doutora Drag no Youtube (@DimitraVulcana) December 21, 2021
Suprassumo do fascismo com o movimento KKK: racista, antisemita e anticomunista. pic.twitter.com/hR891Cedy8
Absurdo: Professor de História da Escola Estadual Amaral Vagner, localizada na cidade se Santos André, se sentiu à vontade para ir trabalhar vestido de Ku Klux Klan! pic.twitter.com/xBWEHL2jFA
— Lia De Sousa (@LiaDeSousa1) December 21, 2021
Um vídeo que circula nas redes mostra um homem, dentro de uma escola pública, com roupa que remete à Ku Klux Klan, movimento racista, antissemita e anticomunista, que unia grupos reacionários sob a bandeira da “supremacia branca“, nos EUA. Não podemos permitir atitudes como essa!
— Talíria Petrone #TemGenteComFome (@taliriapetrone) December 21, 2021