Uma mulher de 29 anos grávida de gêmeas é mais uma das vítimas da Covid-19 no Brasil. Julliane Ferreira Aguiar vivia em Araguaína, no Tocantins. Ela estava no sexto mês da gestação e precisou antecipar o parto por causa de complicações causadas pelo coronavírus, mas nem ela nem as filhas resistiram. As informações são do G1.
Julliane, que era formada em psicologia e servidora da prefeitura, morreu na madrugada dessa sexta-feira (28), depois de cinco dias internada. Familiares contaram que ela já vinha se sentindo mal há algumas semanas e, no último domingo (23), teve uma piora e precisou procurar um hospital. “Ela foi alternando dias bons e dias ruins, melhorava e ficava um pouco pior. Estava comunicando com a gente, mandando áudios até que ela passou muito mal na quinta-feira à noite”, lembra o primo da mulher, Lucas Ferreira.
A psicóloga estava grávida pela primeira vez e passou por uma cesariana devido à piora no quadro da Covid-19. Uma das gêmeas morreu logo após a cirurgia e a segunda resistiu um pouco mais, mas também acabou morrendo ontem. A mãe, que teve os rins e pulmões comprometidos pelo vírus, chegou a ser transferida para a UTI. Segundo o primo, Julliane não respondeu ao tratamento intensivo: “O quadro dela estava muito grave e o organismo não conseguiu recuperar e acabou falecendo. Perdemos três vidas”.
Os corpos da psicóloga e das duas filhas foram levados para a cidade natal de Julliane, Arapoema, onde ela era conhecida e querida por muitos moradores. Eles se mobilizaram e fizeram uma carreata para homenageá-la. A Prefeitura de Araguaína também lamentou a morte. A morte de Julliane ainda não está nos dados oficiais sobre a doença no Tocantins – que já chegam a 48.580 infectados e 649 mortos, conforme a Secretaria Estadual de Saúde.